tag:blogger.com,1999:blog-92122508252771935792024-03-05T18:16:50.917-03:00Mr Wu's NONSENSE...............Aqui o novo NONSENSE!Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.comBlogger60125tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-23464496054897214922021-03-31T20:05:00.004-03:002021-03-31T20:05:32.825-03:00Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia: Epílogo<p style="text-align: left;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Epílogo</b></span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: large; text-align: justify;">E pra quem não entendeu que o
amor e o ódio são os dois lados da mesma moeda, expresso no meu aqui chamado
ódio é o amor q tenho pela Psicologia, e no sentimento que, tenho certeza, está
presente nessas 14 queridas pessoas, nesses e nessas 14 colegas aqui se
formando. Expresso o meu amor quando puxo a orelha, porque a gente só puxa a
orelha quando a gente gosta e quer ver a outra pessoa bem. Expresso o nosso
amor nesse convite à reflexão de todas e todos aqui presentes para uma vida
melhor e mais equânime. Expressamos o nosso amor quando não deixamos nossos
seres queridos saírem nesse momento de isolamento, quando reclamamos que estão
sem máscara ou que ela tem que ser usada o tempo todo e sobre o nariz e a boca,
exatamente porque somos profissionais de saúde; quando incentivamos o uso da
vacina vindoura porque sabemos o que significa 50,38% de eficácia e que os
insumos das outras trocentas vacinas que já tomamos na vida vêm da China há
anos e ninguém reclamava. Mostramos o nosso conhecimento, amealhado em meio a
muitas horas de estudo, quando sustentamos a continuação de um SUS gratuito,
integral, universal e de qualidade.</span><span style="font-size: large; text-align: justify;">
</span><span style="font-size: large; text-align: justify;">Estamos cumprindo a nossa obrigação de buscar proteger quem precisa,
porque a Psicologia é feita disso: do amor pelas pessoas e pela vida de todas,
todes e todos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Muito obrigado!</span><o:p></o:p></p>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-37483323953256020612021-03-31T12:11:00.007-03:002021-03-31T12:11:51.865-03:00Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 7/7 (Falta o epílogo!)<p><span style="font-size: medium;"> <b>Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 7/7</b></span></p><p><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p><span style="font-size: medium;">7 E eu odeio ser psicólogo porque a Psicologia entra em nossas veias e fica em nossas entranhas. Muita gente por aí não queria que a gente virasse psicólogo, porque pra gente tudo pode (e é mentira) e a gente não acredita em Deus (até tem quem não creia, ou cujo Deus é diferente do seu, mas a Psicologia não demanda isso, e tá tudo bem). </span></p><p><span style="font-size: medium;">E tem mais: a gente não é psicóloga e psicólogo o tempo todo, mas a ciência psicológica sempre está por perto, seja em nosso dia a dia, claro que no nosso trabalho, e em todas as nossas relações. Tenho admiração por quem tem que conviver conosco, principalmente em casa, principalmente de quem acompanhou as nossas mudanças e não entende por que começamos a dizer mais nãos, estamos mais em silêncio, não queremos mais voltar pras nossas cidades, tratamos de assuntos que o povo finge não existir (o elefante está na sala), fazemos menos questão de umas coisas e mais de outras... É porque a gente muda, sim, a Psicologia muda a gente. Desde o primeiro período, quando aprendemos com a querida Carla sobre a diferença entre senso comum e Ciência, a gente tomou um lado; não desconsiderou o outro, mas abraçou a ciência e o conhecimento, e esse é um caminho sem volta. Ou quando vocês viram comigo que a ética é o nosso único caminho, dentro e fora da profissão, e que furar fila, tirar xerox no local de trabalho, não usar o cinto de segurança ou roubar um banco fazem parte do mesmo tipo de ação... tá tudo no mesmo saco! </span></p><p><span style="font-size: medium;">Não existe alguém que tenha passado incólume pela faculdade de Psicologia, todas e todos mudamos, e isso não nos faz melhores nem piores, mas nos faz diferentes. </span></p><div><br /></div>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-82564563809193693162021-03-26T09:47:00.002-03:002021-03-26T09:47:11.463-03:00Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 6/7<p><span style="font-size: medium;"> <b>Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 6/7</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">6 Eu odeio ser psicólogo porque política e religião se
discutem, sim. Tirei o futebol porque jogos têm outras regras, mas discutir não
quer dizer, necessariamente, ser contra. Discutir é conseguir, por meio do diálogo,
compreender os prós e contras das situações, confrontando tese e antítese pra
se chegar em conjunto a uma síntese, o que não é possível quando há
radicalismos fundamentalistas que desconsideram ou destratam parte da
população, independentemente do motivo. Pobres, pretas e pretos, faveladas e
favelados, garotas e garotos de programa, encarceradas e encarcerados, LGBTQIA+,
mulheres, índios, pessoas com deficiência ou transtornos, quaisquer pessoas em
vulnerabilidade são tão gente quanto cada uma e cada um q hoje aqui está... e por
que elas mereceriam menos? Será que eu sou melhor? Será q você é melhor? Nós
devemos ser, sim, é intolerantes com os intolerantes, respeitar e dar-nos ao
respeito, conhecer antes de julgar, prevenir, ouvir, perguntar, nos interessar...
devemos ser pessoas! Inclusive, acho curioso quando vejo alguém dizer que "Fulano
é muito humano", porque isso quer dizer é que estamos mesmo perdendo a
nossa humanidade... </span><o:p></o:p></p>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-87002907091023574612021-03-26T09:44:00.000-03:002021-03-26T09:44:05.463-03:00Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 5/7<p> </p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: medium;">Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 5/7<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">5 Eu também odeio ser psicólogo porque a gente vai contra um
monte de coisa que muita gente acha (ou diz achar) que é normal... ou a gente é
a favor, ou não se importa com a vida dos outros porque, na maioria das vezes,
não nos diz respeito. É naquela hora em que o comentário é homofóbico, racista,
misógino, machista, capacitista, gordofóbico, lgbtfóbico, estimula a violência
e o ódio, discrimina a religião diferente da sua ou (ainda mais) quem não tem
religião (porque ninguém é obrigado a acreditar no que eu creio), e a gente
compra uma briga porque a pessoa não consegue ver o tamanho do absurdo que está
cometendo, de uma coisa que pra gente é mais do que óbvia. </span><o:p></o:p></p>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-22783881129958785092021-03-24T17:29:00.009-03:002021-03-24T17:29:57.184-03:00Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 4/7<p><span style="font-size: medium;"> <b>Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 4/7</b></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">4 Eu odeio ser psicólogo porque a gente começa a questionar
tudo. A gente começa a ser a chata e o chato da rodinha, do grupo do Zap, do
almoço em família, porque a gente não ri das piadas porque elas são humilhantes
a outras pessoas, ou mesmo a nós, e a gente faz cara feia, e pergunta o porquê
da graça (e claro que nessa hora ninguém responde) ou sai do grupo (como eu
fiz, mais de uma vez), ou a gente explica q ficar mandando foto de acidente e
morte, e vídeo de fake news é errado, é inconveniente, é inapropriado e
desrespeitoso. Ou quando a gente reclama que só tem fraldário no banheiro
feminino, já que pai também tem obrigação de trocar as fraldas das crianças.
Quando a gente pergunta por que a menina tem obrigação de lavar a louça depois
do almoço, enquanto o menino vai brincar. Quando a gente lembra que o brinquedo
e a cor da roupa não têm nada a ver com a sexualidade. E quando a gente lembra que
o sexo é parte de uma vida saudável e que ninguém tem nada a ver com o que a
coleguinha faz na cama e nem com quem o rapazinho está beijando. </span><o:p></o:p></p>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-28126563443409620072021-03-23T12:19:00.005-03:002021-03-23T12:19:28.920-03:00 Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 3/7<p> <b><span style="font-size: medium;">Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 3/7</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">3 Aliás, nesse mesmo contexto, tem mais motivo pra eu odiar
ser psicólogo. Estava eu lá, eu e o mar, o mar e eu, a areia junto, e eu vejo
um casal hetero (porque psicólogo diz se o casal é gay ou hetero, não apenas
"casal" ou trisal) com duas crianças, de uns 3 e 5 anos. Depois eu
vejo uma menina de uns 11 anos perto deles, e a menina pega as sandálias das
crianças, e a menina dá a mão pro menino, e a menina carrega a bolsa da moça...
Posso estar muito errado, mas, por ser psicólogo, só consigo pensar que é
trabalho infantil. Ou que "levaram a menina pra conhecer o mar"...
Não fui lá perguntar, e psicólogo não faz julgamento, mas a chance de essa
menina ser mais uma Madalena é enorme (e, pra quem não lembra, Madalena é
aquela moça que foi explorada, expropriada e escravizada por uma família aqui
em Minas)... </span><o:p></o:p></p>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-55999988463254591312021-03-22T12:37:00.004-03:002021-03-22T12:37:55.891-03:00Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 2/7<p> </p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: medium;">Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 2/7<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: medium;">(Escrito originalmente em 13 de janeiro)</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">2 Eu odeio ser psicólogo porque a gente não tem descanso. Eu
estava agora de férias, sozinho, eu e o mar, o mar e eu... mas, de repente, a
gente começa a reparar, né, e eu noto q faço parte dos 10% que usam máscara
(Ah, Worney, mas é na praia, né! Pois é, lá também tem q usar!) e dos 5% de
pretas e pretos q estão ali se divertindo, usufruindo do merecido lazer, porque
as outras e os outros pretos q ali estão são trabalhadores, naquele sol de
rachar, buscando o seu sustento. Sem contar o monte de criança também trabalhando
-- ah, mas eu trabalhei desde mil novecentos e guaraná de rolha e não
morri; sim, mas criança tem é q estudar e brincar, não tem q trabalhar, não.
Ela pode e deve ajudar em casa, cumprir tarefas, mas não pode ficar exposta,
não. Sem contar as vezes em que temos q lidar com quem quer excluir, em vez de
incluir, querendo mandar crianças com necessidades educacionais específicas pra
fora da escola regular: mais um retrocesso sem razão alguma. </span><o:p></o:p></p>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-46889012273595106222021-03-21T19:29:00.002-03:002021-03-21T19:29:18.731-03:00Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 1/7<p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Esta série de posts reabre o momento do Nonsense; vamos ver se consigo dar continuidade a esse projeto que me foi tão caro durante tanto tempo.</span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Em 13/1/2021, eu fui homenageado pela turma de Psicologia FASI que estava se formando. Recém-chegado de uma viagem em que pude refletir muito sobre a vida, resolve dar ao discurso o título de "Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia", para fazer uma das coisas de que mais gosto: tentar possibilitar reflexão. Então, decidi (logo) publicá-lo, mas não consegui me organizar, então, agora, segue. Comentários são mais do que bem-vindos. </span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Aliás, bem-vindxs de volta ao NONSENSE!</span></p><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></p><h2 style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Alguns motivos pelos quais eu odeio a Psicologia 1/7</span></h2><p><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">1 Quando a gente vira psicólogo, a gente não tem paz. Todo mundo tem problema, claro, mas o povo quer contar a situação pra gente em qualquer lugar, desde quando a gente entrou pra faculdade. Quem das e dos colegas nunca foi abordada/o no ponto de ônibus, na fila do banco, principalmente naquele dia em que você não tá a fim de conversar? E aí você teve q respirar, ouvir e ainda fazer considerações, explicando q "não é bem assim", ou que você acabou de entrar na faculdade e ainda não consegue discutir aquele assunto de maneira embasada. E, claro, q não atende parente nem amigo</span><span style="font-family: arial; font-size: medium;">.</span></p>Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-68378557512504969102019-07-23T23:52:00.001-03:002019-07-23T23:52:52.891-03:00Autopreconceito?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs5fe7WFm3CG3HfaVZzO4YTxvhHlwnChTcFEdA3j8uGHQJYnhsN_jk1cmK8ktCkpF0ySb9jLF9WHw9mRAyfkDhobh9T78bYPXs9v8zJ4_U5o9uAKZ0lF08G8vsn2fFPnr5u36ghwFxBx4/s1600/woodalone.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="420" data-original-width="630" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs5fe7WFm3CG3HfaVZzO4YTxvhHlwnChTcFEdA3j8uGHQJYnhsN_jk1cmK8ktCkpF0ySb9jLF9WHw9mRAyfkDhobh9T78bYPXs9v8zJ4_U5o9uAKZ0lF08G8vsn2fFPnr5u36ghwFxBx4/s200/woodalone.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: 12pt;">Obrigado
às/aos amigas/os que deram sugestões de pauta, ooops, reflexões para minhas
tergiversações. Acabei pegando um item que se complementa ao anterior, sugestão
de um querido amigo que não mora no Brasil e que, inclusive por isso, tem uma
visão muito interessante sobre alguns assuntos de nosso cotidiano. Ele me
sugeriu falar sobre preconceito e discriminação dentro dos próprios grupos já discriminados,
neste caso, os LGBTQIA+, mais especificamente os gueis.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Acho
que, pra começar, é interessante lembrar que os preconceitos existentes fora
dos grupos muito comumente se repetem dentro deles, pois os comportamentos são,
muitas das vezes, não pensados. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O
chamado "meio gay" costuma ser muito discriminatório. Seja você
gordo, feio, pobre, com trejeitos femininos, mal vestido (para estes
determinados padrões) pra ver. Se "morar mal", então, é muito mais
complicado. A ditadura da beleza parece sobrepor-se de modo que ou você faz
parte e é uma barbie (preconceituosamente generalizando), com um corpo supersarado,
com grifes saindo pelos olhos e ouvindo música eletrônica (se vier com drogas
junto, melhor ainda), ou você simplesmente não faz parte, é a poc-poc, a
pão-com-ovo...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Aí
tem o outro lado, daqueles que sempre procuram alguém que seja "ativo,
discreto e fora do meio", ou que se passam por donos dessa característica
pra conseguirem alguém. Acho esse jargão o mais interessante representante do
preconceito existente, porque traz todos os medos contidos: ser passivo,
"dar pinta" e fazer parte do gueto em que muitos se encontram. Pior
do que ser gay (e, pfvr, solicito o modo de ironia ligado durante todo o
texto!) é parecer gay. O sujeito é minuciosamente investigado durante todo o
tempo para que não se pareça gay, ou melhor, bicha, viado, feminino,
efeminado/afeminado, baitola e toda sorte de nomes pejorativos (ou não) que lhe
são imputados. Quer ofender um homem? Xingue sua mãe ou diga que ele é gay...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ah,
pode ser gay, mas não precisa mostrar pra todo mundo. Ah, eu respeito, mas não
precisa ficar se agarrando na minha frente (lembrei do episódio do taxista
contando pra Samanta Schmutz, todo orgulhoso, que bateu num casal gay). Ah, o
cara até pode ser gay, mas não precisa ficar desmunhecando. E não precisa ficar
contando pra todo mundo... Gente, as pessoas são o que são e como são. Precisam
ser respeitadas por serem pessoas. Aí, dentro do próprio meio, que já sofre
tanto preconceito em cada ato, ainda há os que discriminam seus pares. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Existe
um quadro famoso do Paulo Gustavo cujo mote é "Aqui no nosso grupo, você é
a mais afeminada!". Ele faz graça com a desgraça, exatamente apontando o
que ela tenha de pior. Aliás, muitos gays fazem graça com a própria desgraça o
tempo todo, até pra dar conta. E não venha me dizer que todo gay é engraçado,
ou que todo gordo também o é: o que acontece, muitas das vezes, é que esta seja
a maneira que a pessoa encontra para tirar de si a atenção negativa que uma tal
característica represente. Eu sou o primeiro a contar piada de preto (Olhaê o
próprio negro se discriminando, ó!), justamente para não ter que ficar fulo da
vida com você que fez isso "sem sentir". <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E
isso vai até no próprio sexo em si. Vocês já pararam pra pensar sobre como o
intercurso sexual rebaixa o outro, em muitos casos? O tal do "vale tudo
entre quatro paredes", se é que é real, perde a sua essência quando o seu
prazer é com o desprazer real do outro. Sexo é para os dois (ou três, ou
quatro, enfim) terem prazer. Sexo é para se dar e oferecer prazer,
reciprocamente. Se só você está tendo prazer, tem algo errado aí.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E,
pra terminar, quero falar da frase que era pra ser título, mas que acabei
deixando como um dos temas, apenas: o problema é a mulher! (Solicito novamente
o modo de ironia ligado!) É óbvio que, até no meio em que se deveriam respeitar
mais ainda as individualidades, para se ter força, o feminino, a mulher e o que
se lhe aparenta são discriminados. O gay passivo é discriminado porque é quem
se oferece ao outro; o gay pintoso é discriminado porque se parece com mulher;
o gay "do meio" não posa de machão e por isso pode fazer com que
todos ao seu redor sejam expulsos do armário, lugar muito confortável (ou não).
<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As
meninas que fazem programa (e que têm pipiu, ainda que meninas) confirmam: 90%
dos homens que pagam por sexo com elas querem é ser passivos. E são casados. E
são pais de família (aquela família tradicional do post anterior). E tem até os
que fantasiam que elas são mulheres com pênis. No Brasil, país que mais mata
LGBTQIA+ no munod.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pois
bem, não consigo ser tão conciso. Tem sempre muito a ser falado. Os gays
discriminam as lésbicas que discriminam os gays que discriminam os bissexuais
dizendo que eles não têm coragem de se assumir. Nesse arco-íris sexual e de
gênero, alguém lá pode discriminar alguém? Alguém tem direito de não olhar para
o próprio umbigo antes de falar do outro? Mas ser masculino, bem dotado (ah, o
mito fálico), ativo exclusivo faz o sujeito achar que pode, reproduzindo tudo o
que acontece lá fora, fazendo com que até quem deveria estar junto se afaste.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mais
uma vez conclamo: bora olhar pro nosso próprio pé antes de julgar o pé do
outro?</span><o:p></o:p></span></div>
<br />Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-17450400071559476962019-07-21T12:39:00.000-03:002019-07-21T12:39:59.932-03:00Preconceito, mimimi e representatividade (textão!)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqxJeazqnd4lU0_viSTv7hvMB_-OPGa6XQt_fy8hdTL1qpyonO2H2vpt482dG6bK27PHzzmYprK_HIJ5yuBFEf6jEEVVRHadBzD1kRWrWCltO93ndKWQljHzvpw1QHlBJQpHDh2PBa3c4/s1600/20190721_123057.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1181" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqxJeazqnd4lU0_viSTv7hvMB_-OPGa6XQt_fy8hdTL1qpyonO2H2vpt482dG6bK27PHzzmYprK_HIJ5yuBFEf6jEEVVRHadBzD1kRWrWCltO93ndKWQljHzvpw1QHlBJQpHDh2PBa3c4/s320/20190721_123057.jpg" width="236" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
</div>
<blockquote class="tr_bq" style="line-height: 115%;">
<i><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">"Resumiria o racismo brasileiro
como difuso, sutil, evasivo, camuflado, silenciado em suas expressões e manifestações,
porém eficiente em seus objetivos, e algumas pessoas talvez suponham que seja
mais sofisticado e inteligente do que o de outros povos." (MUNANGA, 2017)</span></span></i></blockquote>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Você tem preconceito! Eu tenho preconceito! Nós
temos preconceito! Isso faz parte quase que da nossa natureza, pois nos
utilizamos de um conceito prévio para nos acomodarmos, principalmente ao novo.
O problema não é, de forma alguma, o conceito anterior que se tem sobre algo,
mas, sim, a generalização, na maioria das vezes superficialmente feita, acerca
de algo ou alguém, inclusive o chamado racismo estrutural e a perpetuação deste
conceito como se certo (e único) fosse.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sou negro e, nem que eu quisesse, isso
deixaria de fazer parte da minha visão de mundo. No entanto, não parto do ponto
de vista subjetivo para isso: só não vê quem não quer. O Brasil, todo cheio de
miscigenação (e tem muita literatura sobre isso pra quem estiver a fim; só
recomendo ler com crítica, item que anda em falta ultimamente – sim, estou
sendo preconceituoso), acaba disfarçando muitas das suas mazelas, jogando para
debaixo do tapete, culpando as vítimas, o que é típico da sociedade hipócrita
de que fazemos parte. O mito da democracia racial brasileira auxilia muito
nisso. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Sempre peço que se observem os fatos. Olhe ao
seu redor, e veja o ambiente em que você está. Em que condições os negros [e
nordestinos e "da roça" e pobres e até "feios"] estão? Que
lugares ocupam e em que papéis atuam? Será que não há, mesmo, nada de diferente
nesta pequena observação? A não ser que você esteja em um oásis [e, sim, (in)felizmente,
eles existem], as posições tidas como subalternas são as normalmente relegadas
aos que não fazem parte do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">establishment</i>.
Até Jesus tem olho azul, porque isso é que é o bonito, eurocêntrico – logo Ele,
que nasceu no Oriente Médio...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Dizer que alguém faz baianada quando quer
dizer que esta pessoa fez algo errado no trânsito é preconceito. Achar que você
é melhor que a colega de trabalho porque você é mais magra também é preconceito
(isso vale pr'aquela que leva a amiga "feia" junto na balada só pra
se sentir menos mal). Pensar que você deve ser mais bem tratado do que o outro porque
você tem dinheiro é preconceito. Tratar quem não é das grandes metrópoles como
"o povo do interiorrrrr" (veja o tom pejorativo) é preconceito; se
for "minerin" então, vish maria! <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E aí tem mais. Os termos diversidade e
representatividade têm feito, cada vez mais, parte do nosso dia a dia. Você se
sente representado pelas pessoas em quem votou e pelo que eles têm feito? Pense
nisso. Quando você, lésbica, vai ao ginecologista, ele, de fato, considera essa
sua condição para oferecer o melhor atendimento possível a sua realidade? Aos
universitários, quantos professores negros vocês têm? Por quantos médicos
negros você já foi atendida na vida? Quantos advogados negros já defenderam
você? Vi pesquisa recente falando sobre a dificuldade de psicólogxs não negrxs
compreenderem o que é o racismo estrutural, exatamente por falta dessa empatia
de que estou falando. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Adoro novela. E estou acompanhando a das 19h,
que se passa em 1993, tempo em que o famoso "Você sabe com quem está
falando?" ainda imperava, e os sobrenomes eram declinados em busca de se
dizer do que era bom e certo, "de bom tom", pra dizer quem mandava.
Anos 1990? Será que mudou muito? Você ainda fica horas esperando na antessala
do médico porque o tempo dele é mais importante do que o seu, e ai de você se
disser que acha isso absurdo: "O doutor (adoro essa palavra, das mais mal
usadas na vida) tem uma rotina muito corrida, aí, ele marca por ordem de
chegada pra não perder tempo!", mas eu posso perder o meu tempo, né, o meu
é menos importante do que o dele. Humpf! <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">De certa feita, fui questionado sobre o porquê
de estar comemorando a presença da Maju na bancada do JN, pelo fato de ela ser
negra. A fala foi "tem que ser pela competência!". Gente, por favor,
não me venham falar em meritocracia se não tivermos oportunidades iguais, é
simples assim. Se, sob as MESMAS condições, alguém de nós tiver melhor
desempenho, podemos falar sobre o assunto. Caso contrário, favor rever centenas
de anos para fazer um julgamento do tipo. Você achar que seu cabelo é ruim
(favor ler errado: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">rúim</i>, e não <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ruím</i>) porque não vê cabelo de outro
jeito; você achar que sua pele é errada porque nem tem hidrocor pra poder
representar você; você só se reconhecer no que é socialmente rebaixado; será
que isso representa igualdade de condições? A Maju foi chamada de macaca; a
Helena feita pela Thaís Araújo fez muito nariz se torcer quando ela flanava de
helicóptero pelo Rio; e dizem que a cantora Halle Bailey não pode fazer a
Ariel, de A Pequena Sereia. Será que a concepção de gente não é diferenciada?
Será que isso não afeta em nada a autoestima (oi?) de muita gente por aí? Inclusive
daquela que me disse, muito complacentemente, que eu não era negro, que eu era
moreno, como se isso fosse um xingamento. Falar de preto então... Imagina
pensar na princesa negra da Disney (Tiana e Sadé presentes) – por que será que
muita menina negra nunca pensaria que poderia vir a ser uma princesa? É porque ela
vê muitos exemplos, sabe...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Mas a coisa não termina por aí. Kit
desconforto, como bem definiu uma amiga. E se for LGBTQIA+? Piorou! Chamadxs de
aberração, pouca vergonha ou algo que o valha, são alijadxs dos direitos em
nome da família, a família tradicional, aquela, hipocritamente construída, de
fachada, para manter a moral e os bons costumes, e com toda a poeira debaixo do
tapete. Falar de sexo não pode, como se ninguém fizesse, mas falar de violência
pode. Ah, por favor, venhamos e convenhamos: ver religiosos, que supostamente
pregam o valor da vida, fazendo arminha com a mão me passa um pouco demais dos
limites. E tem mais, até ouvi de alguém dia desses que preferia que as crianças
ficassem nas instituições de acolhimento em vez de serem adotadas por casais
gays, porque ficariam com a conduta "desviada". Eu fico tentando
pensar o que seria uma conduta ilibada diante de tanto preconceito... Fico
pensando se a Marielle Franco não fosse negra e lésbica...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E aí tem o mimimi, termo usado para diminuir e
degradar qualquer questão que saia da sua zona de conforto, daquilo que você
acha que está certo, não levando em consideração as pessoas ao seu redor e a
importância que tais questões possam ter para elas. Vitimismo e mimimi, sempre
utilizados para encerrar uma conversa para a qual não se tem argumento de se
colocar em um lugar de empatia, de compreender o as questões do outro. É muito
mais fácil encerrar a conversa assim, mesmo, porque quando o argumento acaba...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O feminismo, a partir da compreensão correta
de uma luta por igualdade, sendo criticado erroneamente porque o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status quo</i> está sendo abalado. A luta
por direitos sendo desqualificada e a verdadeira massa de manobra sem prestar
atenção ao fato de que está lutando contra si própria. A assistência sendo
caracterizada como assistencialismo (não estou dizendo que não haja) para se
justificarem mazelas outras. A ignorância e cabeça-durice tomando conta. A superficialidade
considerada como se profunda fosse. O achismo e a teocracia tomando conta: o
que o aiatolá diz, independentemente do tamanho da bobagem, seus asseclas estão
lá, prontos a defender, sem sequer pensarem a respeito. Está meio assim. Está muito
assim...<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O pior é que, nestes tempos de exceção, a
própria exceção é colocada como regra. Julga-se um grupo de um milhão pelo
comportamento de um, que desagrada aos cândidos e inocentes olhos conservadores.
Sei! Muitos fazem o que bem querem, fazem de tudo por seus interesses, e têm um
suporte cego de quem prefere (consciente ou inconscientemente) fingir que está
tudo bem, que está tudo certo. E talvez esteja, mas apenas para alguns. E a
cortina de fumaça parece mais de chumbo. Talvez seja. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Inclusive, ando achando muito engraçada essa
questão de não se mostrarem os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">likes</i>
do Instagram, porque atingiu o calcanhar de Achilles narcísico de muita gente
por aí. As <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fake news</i> não são só coisa
de política, não. Estão presentes em grande parte das postagens que você vê e
curte. Os consultórios (e, por que, não, os cemitérios) estão cheios de pessoas
que acham, mesmo, que a grama do vizinho é mais verde. Verdade e mentira vão
convivendo de maneira tão próxima e sórdida que fica difícil julgar. Você vive
enganado! Você tem pena de um cachorrinho que morreu no estacionamento do
supermercado, mas não dá atenção a uma criança mal vestida que, olhe que
absurdo, está na praça de alimentação do shopping, pedindo comida. Aliás, acha que
essa criança não poderia ser adotada por um casal gay, prefere que ela passe
fome.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Não sou santo. Não faço tudo certo. Aliás,
felizmente, sempre haverá a falta. Busco manter certa coerência entre o que é
meu e o que é do outro, e nos meus julgamentos (e não venha você, distinta/o
senhor/a da sociedade pequeno-burguesa contemporânea, dizer que não julga
porque você julga!), tento lembrar que é com o outro, e não comigo. Mas e se
fosse comigo? Já parou pra pensar que essa pergunta nem deveria ser feita? Não
tenho que me condoer com o outro pensando "e se fosse comigo",
primeiro porque não é, e segundo porque, se for para julgar a partir de mim ou
de você, perder-se-iam o contexto e a capacidade crítica, e seria hipotetizar demais
a realidade, o que, de fato, não é, pois não é com você. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Se déssemos conta de prestar mais atenção a
nossas próprias vidas, talvez pudesse ser menos pior. Se eu conseguir
compreender que o mundo vai além do meu umbigo, já estou dando um grande passo.
Se eu questionar meu próprio preconceito internalizado, talvez eu consiga
enxergar o outro como ele é, simplesmente, o outro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Então, se você chegou até aqui, e já que no
Brasil os casos de racismo são raros, não existe fome, os índices são todos
camuflados e a censura sequer se aproxima, bora pensar sobre o preconceito
nosso de cada dia? </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%;">
<br /></div>
<br />Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-53478501236273028962019-07-20T11:58:00.000-03:002019-07-20T12:01:57.587-03:00Sobre a amizade<br />
<div class="MsoNormal">
As efemérides fazem com que a gente pare pra pensar em
algumas coisas. Quem me conhece sabe que não gosto de ano novo, acho muito curioso
que as pessoas, só porque passaram de 31 de dezembro pra 1º de janeiro achem que
tudo vai mudar. Na verdade, vivo provocando, desejando Feliz Ano Novo Chinês ou
Judaico, pras pessoas pensarem que Ano Novo, ou qualquer atitude nossa, vai
depender é de nós, e não da arbitrariedade que foi colocada na contagem do
tempo. No entanto, o que se comemora é que precisa ser lembrado.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Então falemos de amizade, que é aquele amor escolhido, normalmente
de modo inconsciente, e que se vai construindo com o passar do tempo. Já tive e
tenho todo tipo de amigx, e de não amig@ também. E há várias considerações a se
fazer; decidi falar de umas dez.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<ol>
<li><u><b>O bom amigo está além
do tempo</b>.</u> Há um episódio com um amigo, em que ficamos quatro anos sem nos
vermos e, quando nos vimos, foi como se não tivesse havido esse tempo todo; as
coisas verdadeiras não mudam.</li>
<li><b><u>Um amigo não é melhor
do que o outro</u></b>. Uai, é óbvio, as pessoas são diferentes. Mas entendo que
existam amigos que são melhores ou piores para dadas circunstâncias. Tem gente que
só pioraria determinadas situações; então, por que não priorizar quem neste
momento vai mais ajudar? Levar seu amigo <i>veggie</i> pra um churrasco não é prova de
amizade coisa nenhuma. </li>
<li><b><u>Você gosta mais dos
amigos do trabalho</u></b>. Claro que não! O aquilatamento, como dito no item
anterior, não passa pelas mesmas questões. É muito mais fácil você sair do trabalho
e esticar num boteco, tendo combinado ali na hora, do que ligar para todo mundo
naquele dado momento e ver se a pessoa ainda vai tomar banho, arrumar, deslocar-se,
etc., etc....</li>
<li><b><u>Não há agenda pra
amigo</u></b>. Depende! Se você é uma pessoa com vários compromissos, é muito melhor
agendar e conseguir fazer algo do que não fazer. Ah, tem que ser qualquer hora.
Infelizmente, a vida não funciona só na base do querer. Feliz ou infelizmente, a
gente ainda é único.</li>
<li><b><u>Existe ex-amigo</u></b>. Infelizmente,
tem gente que aparece na sua vida pra subtrair. Já passei por isso. Gente que me
explorava, mas cujo enredamento era tão perverso, que nem era possível sair das
suas garras. Neste caso, felizmente, sequer tenho o desprazer de encontrar pela
rua, mas desejo que seja feliz, porque ao menos não fica me mandando aquela
energia negativa toda. Xô, Satanás!</li>
<li><b><u>Polarização política</u></b>.
Nestes tempos sombrios em que estamos vivendo, tem sido complicado não tocar em
determinados assuntos. Combinei com uma amiga que não falamos em política – ouço
o que ela fala, e ela faz o mesmo comigo, que, aliás, nem gosto do assunto
mesmo. No entanto, a paixão pela política é tanta e tem cegado tanta gente que,
por vezes, é até melhor não se aproximar tanto pra evitar dissabores. Se você não
consegue tolerar a opinião do outro, talvez seja melhor mesmo dar um tempo. Tenho,
inclusive, evitado certos lugares por este motivo.</li>
<li><b><u>O amigo que namora/casa</u></b>.
Quem está namorando ou casando tem um(a)
nova(o) melhor amiga(o). E isso causa ciúme. E se você não encaixar com o novo
membro? E se o novo membro não se encaixar com seus amigos? Coração é terra de
ninguém, e os acordos precisarão ser feitos. Participar tudo da sua vida íntima
também não é necessário. O amigo respeitoso é aquele que sabe o limite do outro,
principalmente quando o assunto é amor. </li>
<li><b><u>Reciprocidade</u></b>. Em
amizade, ser recíproco não significa, de fato, fazer igual. As suas e as minhas
necessidades são diferentes. Eu gosto de falar, e você, não; pra mim é
importante contar os detalhes, e pra você o geral está mais do que suficiente;
seu limite de paciência é muito menor do que o meu. E aí, continuamos amigos? Claro
que sim. Caminho do meio, como sempre.</li>
<li><b><u>Convivência facilita</u></b>.
Nem sempre! Ela pode dificultar, e muito, as coisas. Precisamos deixar a vida
acontecer em seu próprio fluxo. O ponto ótimo talvez não seja nem no muito e
nem no pouco, mas no que se vai estabelecendo entre as pessoas envolvidas.</li>
<li><b><u>E o sincericídio?</u></b>
Pois bem, ser sincero parece ser sempre o melhor caminho. No entanto, tem coisa
que não precisa ficar sendo (re)mexida o tempo todo, ou talvez o modo como
essas coisas acontecem é que precisa ser visto. Mas, se você não gostou de
algo, é melhor falar e ver a versão do outro, porque o ser humano fantasia
mesmo e, por vezes, vai criando e crendo em sua própria fantasia. </li>
</ol>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enfim, acho que falei um pouco da minha opinião sobre a
amizade, neste dia dx amigx. Sinto saudade de muita gente, mas isso não impede que
ainda haja lugar para eles em meu coração. Tem gente que vejo sempre, e que quero
ver mais, outros talvez nem tanto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Penso que, o que importa, de verdade, é que nós continuemos
a nos suportar, nos dois principais sentidos que este verbo possa ter.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Feliz dia dx amigx!<o:p></o:p></div>
<br />Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-55708803960706092502015-04-26T16:00:00.000-03:002015-04-26T16:00:48.635-03:00<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">New York
Review #4 – Encontros e Despedidas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Quando estou com muita coisa pra fazer (já não tive muita coisa
pra fazer algum dia da vida?), vou arrumar algumas coisas e achei novamente
este último post que já estava escrito para falar sobre NYC, com algumas
historinhas. Então lá vamos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> </span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em busca do
amor?</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><i>O francês apaixonado do aeroporto</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">No La Guardia, enquanto estava indo para North Carolina,
encontrei este rapaz de olhos cinza que estava indo para Milwaukee. Muito
simpático e dividindo a tomada (que aqui eles não entenderam que tem que haver
tomada em todo lugar) do aeroporto, ele me contou que era francês e morava em
NY havia 1 ano e meio. O mais interessante é que ele estava indo visitar sua
noiva, eles tinham-se conhecido na Austrália quando faziam
intercâmbio e começaram a namorar com ele morando em Paris e ela nos EUA, e
agora estavam muito felizes porque estavam perto, e ela tinha passado pra
faculdade em Washington, e seus olhos chegavam a brilhar quando falou disso,
pois agora estarão a apenas algumas horas de distância... e não <i>10.000 miles apart</i>... Ah, o amor!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Fazendo o
bem<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><i>O cara do bem de Dubai</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Conheci o Mark no spa e ficamos de conversê; aliás, um ótimo
lugar para se conhecer pessoas e histórias. Cada um foi pro seu canto e depois,
no meio da noite, acordei com alguém entrando no quarto compartilhado. Era um
rapaz que eu já tinha visto no lounge e que parecia estar lá esperando alguém. Não,
ele estava lá esperando a tempestade passar, mas a tempestade não passou, e o
transporte público estava parado na cidade inteira. Mark o viu lá e ouviu sua
história, e acabou pagando para o cara ficar no hotel e dormir confortavelmente,
e o acompanhou ao quarto. Sim, Mark era rico (estava num quarto comum do hotel,
com diária de US$300) e isso não lhe fazia diferença, mas ele não precisava
fazer isso. É a tal história do fazer o bem. E se você está pensando que ele tinha
outros interesses, eu não sei, até acho que não, mas, mesmo assim, achei digno de nota. E
fiquei impressionado. Pena que não o vi no dia seguinte, pra saber mais a respeito do caso, mas sei que o rapaz dormiu feito pedra. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Viajando o
mundo em uma semana<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><i>O parisiense que passou 1 semana entre Cingapura e New York</i><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Como dessa vez resolvi ficar em um quarto compartilhado,
encontrei pessoas do mundo inteiro. Um rapaz com cara de francês (e era francês
mesmo), magro e alto, muito bem vestido, que não conversou durante os dias em que
esteve lá, decidiu conversar quando estávamos indo embora. Não lembro seu nome
agora, mas o fato mais interessante sobre ele foi que morava em Paris e estava
viajando havia uma semana, mas sua viagem era uma pseudovolta ao mundo, em uma
semana. Isso mesmo: ele foi de Paris para Cingapura, passou 3 dias lá, dando a
volta pelo outro lado chegou a NY, onde ficou por mais 4 dias, e agora estava
voltando para Paris. Ao ser perguntado por mim (e, segundo ele, por todas as
outras pessoas) sobre o porquê de não tentar lugares mais próximos, ele me
disse que o mundo era para ser vivido pelos sonhos, e ele sonhava conhecer
estes dois lugares, e estava muito feliz com isso. Bem, detalhe: ele estava
somente com uma malinha, quase que de bordo... morri de inveja! E olhem que sou
do time do <i>pack light</i>, que leva pouca
bagagem...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 18.3999996185303px;">Uma vida feita de sonhos e de realidade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 18.3999996185303px;"><i>Tee, a garota do Malex</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 18.3999996185303px;">Essa negra tipicamente americana trabalhava no serviço de guarda-malas na Rua 46. Seu nome era mais complicado, mas ela, com um sorriso enorme, disse pra chamá-la pelo apelido, mesmo. Estive lá para obter maiores informações sobre preços e prazos e ficamos conversando por 1h! Falamos sobre tudo: o mundo, as diferenças entre EUA e Brasil, amor e relacionamentos, trabalho, enfim, foi um bate-papo muito gostoso, em que aprendi muito. No outro dia, fui deixar as malas e conversamos por mais meia hora. Foi muito agradável. E por que Tee me deixou uma marca? Justamente por ser uma pessoa normal, que paga suas contas, tem sua vida, procura um amor, ama-se e tem suas questões, mas que sonha com algo melhor para si, e vê sua realidade com muito bons olhos, e disse sempre aprender. Chegamos a lacrimejar enquanto falávamos de nossas vidas, nossas existências, e espero poder revê-la e contar que tudo o que não estava legal mudou, e ouvir o mesmo dela.</span></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-36093776464123366722015-02-07T01:20:00.000-02:002015-02-07T01:27:12.991-02:00<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">New York Review #3 – Hanging around<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sale, clearance<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Estas são as palavras de ordem para se achar barganhas
em NYC. Existem os outlets que, neste caso, ficam fora da cidade, onde não fui
desta vez. Eu me lembro de os preços não serem assim tão diferentes nas lojas,
pois existem tanto as sessões de promoções quanto as lojas especializadas em
dar descontos. E o detalhe é que, na maioria das vezes, as coisas em promoção estão
mesmo com os preços mais baixos, e você pode até encontrar algo assim no meio
das mercadorias. Aliás, a palavra não é liquidação ou promoção, a palavra é atenção,
porque você tem que escarafunchar e comparar, e com muita atenção, além de um
pouco de sorte também fazer parte do sistema. Sempre que eles têm apenas um ou
pouquíssimos produtos, este(s) entra(m) em promoção. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Amazon.com <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Primeiro consulte se o seu hotel recebe mercadorias, e
aí você pode fazer compras na Amazon, a maior loja virtual do mundo que tem,
com o perdão do trocadilho, virtualmente tudo. Por não ter loja física e
funcionar através de fornecedores, você pode receber vários pacotes, dependendo
do que tenha comprado, mas os prazos são respeitados e os preços muito bons. Existe
também a possibilidade de se mandar para um local de coleta deles, mas nem
todos os produtos podem ser enviados por este meio. Os preços são muito bons, e
você consegue encontrar produtos que não encontra com facilidade nas lojas
físicas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Century 21<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O templo dos brasileiros. Eles vendem roupa de design
e acessórios, perfumes e make-up, com descontos enormes. Também tem coisa não tão
barata pra nós, mas se conseguem ótimos preços. A loja da Cortland Street é
maior, porém a que fica próxima ao Lincoln Center é mais vazia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Duane Read, CVS, Rite Aid<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Estas farmácias estão espalhadas por toda parte. Na verdade,
vendem coisas além de medicamentos, sendo verdadeiros supermercados. Lembre-se
de que não se vende medicamento específico sem prescrição, e até pra aferirem a
pressão da gente tem burocracia. Mas você encontra muito bons preços pr'aqueles
itens do dia-a-dia, e umas novidades inimagináveis para a sua saúde. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Macy's<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Lá estava Mr Wu com duas sacolas grandes e lá veio o vendedor
perguntando "Brasileiro?"... É, eles reconhecem a gente pelos
volumes, e olhe que nem fiz compras desta vez. A Macy's tem de tudo e se
autointitula a maior loja de departamentos do mundo, o que parece ser real.
Vendem produtos das melhores marcas e também oferecem bons preços para as
coisas médias; não comprei nada pra mim dessa vez, mas eles (acho que ainda
oferecem) descontos para brasileiros e estrangeiros em geral, é só procurar o <i>Visitors' Center</i> no andar 1½ e pegar o
seu cupom. W 34th Street. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Levi's<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Pra gente que adora, e após experimentar direito porque
corpo de americano é diferente do nosso, é sempre uma ótima pedida. Não gosto
da loja de Times Square, prefiro a da W 34th Street, pertinho da Macy's e da
Vicotria's Secrets, pois os atendentes são mais atenciosos e fica menos cheia. Tenho
encontrado verdadeiras pechinchas e, como tenho dito, a ordem é escarafunchar. A
parte de promoção fica ao fundo, e você tem que procurar seu tamanho (cintura X
comprimento das pernas). É a 3ª ou 4ª vez em que, no meio de procurar e
procurar, consigo valores baixíssimos (desta vez, US$12) pelos produtos que,
via de regra, são os últimos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">H&M<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Eles seriam nossa versão da C&A, Renner ou
Riachuelo, e a diferença é que existem várias e os preços são bem legais,
incluindo, novamente, as promoções das últimas pecas, com coleções bem modernosas.
Vale a pena prestar atenção nas modelagens e padrões, que tem moooooooooita
coisa de gosto bem duvidoso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Perfumania<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Eu tinha me esquecido deles; procurando por umas
coisas mais específicas, deparei-me com esta também na W 34th Street. Especializados
em perfume, como diz o nome, estavam com promoções simplesmente fantásticas,
dependendo da fragrância que você quiser comprar. E vale lembrar que aqui eles não
têm problema em você experimentar tantos perfumes quanto conseguir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Best Buy<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sempre tem tudo em eletrônicos mais modernos, e o
pessoal deles é superprestativo, e até se você não falar inglês (tem um
brasileiro na loja da 44th St com a 5th Ave). Tenho que dizer que consegui preços
melhores na Amazon ou mesmo em outras lojas físicas, mas sempre vale a pena
fazer uma visita e ver como estão os preços. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Metrô<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A dica para o metrô é pagar os US$30 do passe de 7
dias, se você vai passar de 3 dias pra frente, dependendo basicamente de como você
pretende se locomover pela cidade, incluindo os ônibus, porque aí o seu uso é
ilimitado durante este tempo – basta pensar se você pretende fazer mais de 10
trechos, o que sairia por US$25. O metrô te leva para tudo quanto é lugar da
cidade, incluindo as conexões com as linhas de ônibus para os aeroportos (se você
tiver pouca bagagem, claro), de maneira rápida e barata. Vale lembrar que, se você
estiver em grupo, os táxis não costumam aceitar mais de 4 pessoas juntas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Day-use cell phone<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Sempre compro um chip (tenho usado da T-Mobile) quando
chego aqui para poder usar o cellular livremente, sem precisar ficar procurando
wi-fi. O plano de US$3 por dia permite não-sei-quantos-gigas e conexão 3G, o de
US$2 tem conexão 2G e menos gigas. Faço o meu na BestBuy, porque aí já saio de
lá falando. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Google & Google Maps<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Companheiros inseparáveis – <i>God save
Google!</i> </span><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Andar em NYC é muito fácil, mas saber qual é a melhor
maneira de chegar a qualquer lugar é com o Google Maps, porque lhe dá todas as opções
disponíveis, incluindo várias opções de acordo com o meio de transporte escolhido.
O Google + ainda oferece sugestões de locais para comer e se divertir por perto
de onde você estiver, bem como avisos meteorológicos e outras dicas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Schwartz Travel Luggage Storage<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">34 W 46th Street, no 4º andar – cuidado com o povo que
passer, dizendo que eles se mudaram, ou você pode perder sua bagagem. Cobram US$10
por volume deixado por dia. A vantagem é quando você tiver que fazer um trecho
fora da cidade e o seu hotel não puder guardar sua bagagem. Muita gente também deixa
enquanto passa o dia, fazendo stop-over ou pra não ter que ficar carregando
peso mesmo; funciona das 8h às 22:45h e os funcionários são excelentes. </span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Tem outra no 357 W 37th Street. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">The Metropolitan Museum of Art<o:p></o:p></span></b></div>
Recomendado para quem gosta e não gosta de arte, pois
conta a história de muita coisa, inclusive da própria arte, com galerias divididas
entre tempos e lugares, e com objetos que vão além da arte pura. Fica em uma
das quebradas ao leste do Central Park, perto do Guggenheim e outros, na Museum
Mile.<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;"><i>Bryant Park and The Empire State Building</i></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKtSzuWxj3mn3gpaMz_W-O0LMkzVLGtMD_bVIynxSMvJhrccgu7cjvFudwaOZNqzyIyFFWg6rLyoJ0LDXxb2UK8SIY9nnfH-wiDk_HvX0xXuZ4gAIFkjJtRMhpn8MEuXULp9VsWl9Qmro/s1600/20150203_195343.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKtSzuWxj3mn3gpaMz_W-O0LMkzVLGtMD_bVIynxSMvJhrccgu7cjvFudwaOZNqzyIyFFWg6rLyoJ0LDXxb2UK8SIY9nnfH-wiDk_HvX0xXuZ4gAIFkjJtRMhpn8MEuXULp9VsWl9Qmro/s1600/20150203_195343.jpg" height="320" width="180" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;"><i><br /></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-51985137946008342942015-02-03T03:29:00.000-02:002015-02-07T01:23:05.352-02:00<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">New York
Review #2 – Traveling<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Engraçado como viajar pode funcionar diferente por
aqui. Os aeroportos funcionam de modo diferente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Por todas as questões desde os ataques terroristas,
acho que a coisa ficou pior ainda com a segurança. Tem aquele aparelho de raio
X que dá uma escaneada na gente... Não, garotos, não precisam se preocupar porque
ele não mostra o tamanho de nada, caso você tenha algum problema. Mas o lance é
tão preciso, que o protetor solar e a bala que estavam no meu bolso e eu me
esqueci de tirar me renderam explicações necessárias. E você tem que tirar o
computador, e o sapato, e o casaco, e realmente essa parte me cansa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Outra coisa é que eles não ficam no lance de chamar a
gente lá fora, passar antes se seu voo está partindo, essas coisas. De outra
vez, perdemos o voo em Orlando exatamente por causa disso, pois estávamos realocando
nossa bagagem, ao lado do balcão, e ninguém nos informou de que o tempo pro
check-in (1h, e não meia) já havia passado – recomendo chegar cedo sempre! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Agora o mais engraçado e que eu não sei se me escapou
da outra vez é a informalidade. Nestes voos internos que estou fazendo com a
Delta, na hora de apresentar os avisos de segurança, as chefes de cabine falam
algo do gênero "Eu e minha grande amiga Amy estaremos aqui para
servi-los..." Grande amiga? É, eles são assim, acho deveras interessante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Bagagens de mão serão despachadas no portão, e aí eles
levam bagagens enormes como <i>carry-on</i> pra
não ter que pagar, porque, <i>yes</i>, você normalmente
paga tipo US$25 para cada mala despachada e com até 50 lb (nossos famosos
23kg). E nestes aviões pequenos regionais, é ainda pior, o espaço superpequeno.
Não tenho muito problema porque sou daqueles que <i>pack light</i>.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">E pra terminar, não fiz desta vez, mas as viagens de
trens também requerem que você chegue antes, e como a gente fica meio perdido,
às vezes vale a pena fazer o que recomendaram nestes aspectos. Aliás,
dependendo da distância que você tiver que ir, o trem é mais interessante do que
o aeroporto, principalmente em função da localização da estação, juntamente com
questões de preço e bagagem. Acho que vale a pena. <o:p></o:p></span></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-5883259292644125692015-01-31T22:31:00.002-02:002015-02-07T01:22:15.490-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBXPCcUieQElT1y6AtHWSNJs4XYmKw0VHEv5Ay1cfD3L9_LVaHO1e3kU_u0cjci9NYsLZwAW3NSm7CXi3FeDevqQMLZoAPuAHfJv0fOXwg2sVcj655V9-BFmasiFq6Gt_31dnRhfkOhA8/s1600/CYMERA_20150131_192438.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBXPCcUieQElT1y6AtHWSNJs4XYmKw0VHEv5Ay1cfD3L9_LVaHO1e3kU_u0cjci9NYsLZwAW3NSm7CXi3FeDevqQMLZoAPuAHfJv0fOXwg2sVcj655V9-BFmasiFq6Gt_31dnRhfkOhA8/s1600/CYMERA_20150131_192438.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">New York Review #1 – Musicals<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Fiz <i>reviews</i>
sobre vários lugares que conheci, mas nunca da minha querida New York, a cidade
fora do Brasil que mais visitei. Há várias coisas pra se dizer, inclusive dos
encontros que a cidade proporciona, mas vou começar falando dos musicais, que
estão na minha agenda de maratona desta vez, talvez um pouco inspirado no meu
amigo Max Corvalán, argentino que conheci aqui ano passado, vendo Kinky Boots e
estava fazendo isso, e pra responder a umas coisas que minha amiga Camila Sapori
tinha pedido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Antes de qualquer coisa, recomendo baixar o <i>app</i> da Tkts, porque facilita um pouco
ter a ideia destes shows. A Tkts é um órgão do próprio pessoal de teatro daqui,
e é onde você pode comprar ingressos mais baratos no dia da apresentação; o
desconto varia de 30 a 50%, de verdade. Alguns musicais não entram nesta
condição, porque estão cheios sempre, como foi o caso de The Book of Mormon e
The Lion King, pros quais comprei ingresso na internet mesmo, ainda no Brasil.
Este caso também é válido para quem quer ter certeza de que vai assistir a uma
peça em específico, ou quer garantir o lugar na orchestra, por exemplo. Alguns
espetáculos têm matiné, e dá pra assistir a dois no mesmo dia, como fiz no
domingo e na terça. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mas vamos lá. Um rápido comentário sobre cada
história, na ordem em que assisti, e minha opinião a respeito. Ressalto: MINHA
opinião, porque gosto é igual a cotovelo, não é verdade?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">MY BIG GAY ITALIAN WEDDING<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Foi o primeiro Off-Broadway a q fui e, sim, é muito
diferente. Teatro pequeno, poucos recursos, mas muito talento no palco. A
história, que faz conjunto com MY BIG ITALIAN FUNERAL, conta a história de um
cara que se casa com outro e as confusões de uma família italiana a respeito do
casamento, não porque eles não aceitem sua orientação, mas porque são "um
pouco" escandalosos e dramáticos – a questão gay não é o foco, o que acho
muito legal e, eu diria, civilizado. Engraçada; recomendo a quem gosta do
gênero. Ah, detalhe importante: ao fim da peça, o casal vem cumprimentar o público
na saída, como se fossem os convidados da festa indo embora, e o noivo italiano
me apresentou ao outro como sendo seu primo de longe, kkk... Nota 8.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">LES MISÉRABILES (LES MIZ)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Para quem assistiu ao filme, é melhor ainda, claro. A
história da revolução contada de uma maneira muito bem feita; na verdade,
poucas vezes vi tanta conexão entre livro, filme e musical. Na verdade, não
estava nos planos iniciais, mas estava com meus amigos Hanns e João, que queria
realmente vê-la, e tinha preço legal na matiné. Dramático, claro; recomendo a
todos. Nota 9. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">THE LION
KING<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Duas pessoas acostumadas a musicais e peças, e de
muito bom gosto, disseram que não gostaram. Fiquei intrigado, pois é um enorme
sucesso, tanto que ano passado não consegui assistir e dessa vez comprei no
Brasil para garantir, ainda que tenha pago US$99 e ficado encarapitado lá na
última fila do mezanino. Gente, é simplesmente lindo, maravilhoso... mas
acredito que você tenha que ter-se emocionado com o filme também pra sentir
dessa forma. Um cenário lúdico que talvez nem fosse compreensível, mas é. Doses
de bom humor (incluindo o Hakuna Matata misturado com o Let It Go de Frozen) e
muita cor, coisa estilo Disney mesmo. A história é a que se sabe, da ascensão
de Simba ao trono de rei dos animais, após a morte do seu pai, e diante das
armações do seu tio Scar. Timão e Pumba presentes! Recomendo, para quem gosta
de fantasia, desenhos e cores; chorei o tempo todo, linda! Nota 10. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">KINKY BOOTS
<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Vim pra NYC pra assistir a essa peça de novo,
basicamente. Tocou-me da outra vez, comprei o CD e sei as letras todas
praticamente de cor – as pessoas ao meu lado até me perguntaram quantas vezes
eu tinha visto e se surpreendiam quando eu dizia que era a segunda. A história
se passa no interior da Inglaterra, e o herdeiro de uma fábrica falida de
sapatos tem a ideia de achar um nicho de mercado com sapatos para drag queens.
A peça é fantástica, o roteiro, o figurino, tudo, incluindo a mistura de drama
e comédia, é atraente, quanto mais da 3ª fila, vendo os superperdigotos do
Charlie voando enquanto cantava (talvez tenha cuspido, sim, no povo da 1ª fila,
kkk). Lola é simplesmente fantástica. Salvo engano, melhor musical de 2013.
Recomendo, nota 10, para todos os públicos. Dá pra ser nota 11??? Vou ver a 3ª
vez, se der tempo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">THE BOOK OF
MORMON<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Musical do ano de 2014, até achei que não gostaria,
inclusive no começo, mas é interessantíssima. No começo achei meio americana demais,
mesmo, só que a história é tão bem contada que passa disso, por mais
estereotípica que seja. Fala sobre mórmãos que vão evangelizar na África.
Extremamente crítica, mas muito engraçada. Nota 10. Recomendo a quem não
enfrente questões religiosas, com a sua ou com a dos outros. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">HEDWIG AND
THE ANGRY INCH<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Não gostei. Não gosto de rock. A história que ela
conta é boa, em si, mas é num esquema de "conto minha história enquanto em
canto umas musiquinhas pra você". Acho que essa opinião é muito minha,
pois foi altamente recomendada. O público estava overexcited, e não fui a peça
alguma por aqui em que as pessoas estivessem fazendo tanto barulho, pro bem ou
pro mal. Tinha até grades lá fora para a saída do ator principal (que nem
quando vi Evita, com o Ricky Martin). Valeu por ser um musical, mas eu devia
ter ido pro mezanino e gastado muito menos, ainda que no Tkts, ou nem devia ter ido mesmo. Nota 5;
não recomendo, mas quem gosta de rock ou conhece a história e é apaixonado por
ela deve gostar, porque o público era muito esse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Enfim, este breve (???) texto é sobre estes musicais,
na humilde opinião de Mr Wu. Depois falo mais sobre outras coisas legais pra
fazer por aqui.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR" style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ósculos e amplexos!<o:p></o:p></span></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-6530016669576843112014-10-05T12:13:00.002-03:002014-10-05T12:14:40.395-03:00Dica de português #6: Simples assim...<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Homem diz
OBRIGADO, mulher diz OBRIGADA; se há mais de uma pessoa agradecendo, OBRIGADOS
ou OBRIGADAS... Li muitas coisas dizendo sobre a última parte, que não
precisa pluralizar, mas é o que diz (dizia?) a norma culta, e acho mais
lindo quando minhas alunas terminam uma apresentação com OBRIGADAS! </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Ah, e o uso do
MUITO antes não influencia em nada, porque o advérbio não vai variar mesmo... só serve para intensificar: MUITO OBRIGADO, MUITO OBRIGADA, MUITO OBRIGADOS, MUITO OBRIGADAS...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Então, THANK YOU VERY MUCH, MUCHAS GRACIAS, GRAZZIE MILLE,
MERCI BEAUCOUP, DANKE SCHÖN, VA MULTUMESC FOARTE MULT...<o:p></o:p></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-78607083120457984912014-09-14T21:27:00.000-03:002014-09-14T21:32:47.950-03:00Dica de português #5: "Pérolas paroquiais"<div class="texto" style="border: 0px; margin: 5px; padding: 0px;">
<div style="border: 0px; padding: 0px;">
<div class="MsoNormal">
<i>Repostagem do blogue da professora Dad Squarisi, para o <a href="http://www.dzai.com.br/blogdadad/blog/blogdaddad" target="_blank">Correio Braziliense</a>: simplesmente fantástico!</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Santa inocência, ingenuidade ou criatividade?”, pergunta Elimar Nascimento
& cia religiosa. Frequentador da paróquia do bairro, ele anota avisos
destinados aos fiéis. Volta e meia leva sustos. Às vezes, morre de rir. Outras,
recorre à bola de cristal para adivinhar a mensagem. A razão: os textos são
escritos com boa vontade e má redação. A boa vontade ninguém discute. Padres e
paroquianos só querem fazer o bem.<br />
<br />
Mas, como diz o povo sabido, “de boas intenções o inferno está assim, ó,
pululando de moradores”. A redação joga em outro time. A gente pode criticá-la.
E, sobretudo, melhorá-la. Quer ver? Eis alguns recadinhos expostos em murais.
Primeiro, na versão original. Depois, na retocada. (O assunto já mereceu uma
coluna. Volta, a pedido, ao cartaz.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Para todos os que tenham filhos e não o saibam, temos na paróquia uma área especial
para crianças.<br />
(Avisamos aos pais que a paróquia dispõe de área especial para crianças.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Quinta feira, às cinco da tarde, haverá uma reunião do grupo de mães. As
senhoras que desejem formar parte das mães devem dirigir-se ao escritório do
pároco.<br />
(Quinta-feira, às 5h da tarde, haverá reunião do grupo de mães no escritório do
pároco.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Na sexta feira, às sete, os meninos do Oratório farão uma representação da obra Hamlet ,
de Shakespeare, no salão da igreja. Toda a comunidade está convidada para tomar
parte nessa tragédia.<br />
(Na sexta-feira, às 7h, os meninos do Oratório representarão a tragédia Hamlet,
de Shakespeare. Venha prestigiar a talentosa garotada.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Prezadas senhoras, não esqueçam a próxima venda para beneficência. É uma boa
ocasião para se livrar das coisas inúteis que há na sua casa. Tragam seus
maridos.<br />
(Senhoras e senhores, não esqueçam a próxima venda beneficente. É boa ocasião
pra se livrar das coisas inúteis que entulham sua casa.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Coro dos maiores de 60 anos vai ser suspenso durante o verão, com o
agradecimento de toda a paróquia.<br />
(Coro dos maiores de 60 anos será suspenso durante o verão. Os paroquianos
agradecem a alegria que proporcionou e esperam ansiosos o retorno das
apresentações.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Lembrem em suas orações todos os desesperados e cansados da nossa paróquia.<br />
(Lembrem, em suas orações, os desesperados e cansados<br />
paroquianos.)<br />
<br />
***<br />
<br />
O mês de novembro finalizará com uma missa cantada por todos os defuntos da
paróquia.<br />
(O mês de novembro será finalizado com uma missa cantada em louvor dos
paroquianos que partiram na frente.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Por favor, coloquem suas esmolas no envelope junto com os defuntos que desejem
que sejam lembrados.<br />
(Por favor, coloquem as esmolas no envelope. Escrevam o nome dos mortos a serem
lembrados.)<br />
<br />
***<br />
<br />
Quer mais? Eis três que dispensam comentários:<br />
Venham nos aplaudir. Vamos derrotar o Cristo Rei.<br />
O preço do curso sobre oração e jejum inclui as comidas.<br />
Lembrem-se que quinta-feira começará a catequese para meninos e meninas de
ambos sexos. </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-72587990649957672042014-08-09T14:36:00.003-03:002014-08-09T14:36:41.492-03:00Posts sobre português agora aqui no NONSENSE<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; mso-add-space: auto;">
<span lang="PT-BR">#4. Seguindo o que já fazia anos
atrás aqui no NONSENSE, e impulsionado por minha amiga Debbie, resolvi postar estas
dicas (e aí entrarão outros tipos também) aqui no blog, pois fica mais fácil de
encontrá-las. Portanto, após ter repostado as dicas anteriores desta temporada, segue uma <b>dica
tamanho gigante de português: o tal do MESMO</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; mso-add-space: auto;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Gente, usar
O MESMO e flexões, na norma culta, não tem lugar. Os pronomes existem para
fazer o que muita gente adora: usar O MESMO, achando que é chique! “Eu estava
na casa de Worney e O MESMO me ofereceu champanha” (aportuguesado é assim <i>mesmo</i>). Então, eu gostaria de saber quem
é esse tal de MESMO que oferecia coisas na minha casa!!! Ora, já que podia usar
ELE, por que usar O MESMO, não é verdade? “Eu estava na casa de Worney e ELE me
ofereceu champanha.” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Em SP, há
uma lei que obriga o uso da placa que está abaixo nos elevadores... Entendo que
ela seria grafada mais adequadamente assim: “Antes de entrar, verifique se o
elevador encontra-se parado no andar.” Viram que nem ELE e nem O MESMO fizeram
falta? Toda vez que entro em um elevador por lá, pergunto logo, “MESMO, você
está aí?”, porque, pra mim, é uma entidade!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://maveira.files.wordpress.com/2011/07/placaelevador.gif"><span lang="PT-BR"></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://maveira.files.wordpress.com/2011/07/placaelevador.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://maveira.files.wordpress.com/2011/07/placaelevador.gif" /></a></div>
<span lang="PT-BR"> <o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Agora, se
quiserem usar o tal do MESMO para reforçar, conforme itálico acima, a coisa
muda de figura. “Eu danço até o chão MESMO, disse a bailarina.” Ou então, podemos
usá-lo em vários outros sentidos... Para saber mais, acho interessante
consultar o “pai dos inteligentes”- tenho preferido o Aulete: </span><a href="http://www.aulete.com.br/mesmo">http://www.aulete.com.br/mesmo</a><span lang="PT-BR">. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Aliás, como
estou MESMO com sede, acho que vou tomar uma taça de champanha. Champanha MESMO,
Veuve Cliquot, aquele vinho espumante francês, e não sidra Cereser!!! <o:p></o:p></span></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-82633383195958529032014-08-09T14:31:00.001-03:002014-08-09T14:31:07.510-03:00Repost: Dicas de Português #1, 2 e 3<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; mso-add-space: auto;">
<span lang="PT-BR">#1. Dica de português do dia: apesar
de parecidas, as expressões DE ENCONTRO A e AO ENCONTRO DE são diametralmente
opostas. Se suas ideias vão DE ENCONTRO ÀS ideias de seu marido, talvez vocês precisem
conversar sobre elas, pois têm posições contrárias, de embate; agora, se suas
ideias vão AO ENCONTRO DAS ideias de sua esposa, acho que podemos entender que
o casal vai bem, obrigado, pois suas ideias estão no mesmo caminho! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; mso-add-space: auto;">
<span lang="PT-BR">#2. Dica de português do dia: Só
Raulzito nasceu "há 10 mil anos atrás", porque ou você nasceu
"há 30 anos" ou tal fato aconteceu "30 anos atrás". Tanto
HÁ quanto ATRÁS demonstram a mesma ideia, de anterioridade; usar os dois ao
mesmo tempo é quase a mesma coisa que subir pra cima e descer pra baixo...
Portanto, "eu escrevi este texto há um minuto" ou "eu o escrevi
um minuto atrás". E você, o que estava fazendo "há cinco
minutos" ou "cinco minutos atrás"? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 0cm; mso-add-space: auto;">
<span lang="PT-BR">#3. Mais dicas de português com o
tal do verbo HAVER: No sentido de EXISTIR, o verbo HAVER é invariável quanto ao
número, ou seja, independentemente de quantas pessoas HOUVER (e não HOUVEREM),
o verbo permanece no singular. Por exemplo: HÁ uma pessoa no quarto, enquanto
HÁ duas pessoas na sala. HOUVE várias pessoas na fila hoje, e HAVERÁ muitas
outras amanhã. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Se formos,
então, pensar no verbo HAVER fora da acepção de EXISTIR, ele será variável,
como a maioria. Exemplos: Eles HAVIAM dito isso diante do que nós HAVÍAMOS
feito. Eles HOUVERAM por bem trazer as moças que HAVIAM sido acidentadas. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT-BR">Tenho lido
alguns gramáticos sustentarem que o verbo TER, quando usado na acepção de
EXISTIR, também não varia. TINHA várias pessoas na festa. Mas, como este uso é
mais informal, aplicar a regra da norma culta fica um pouco sem lugar... ou
não! Tem muita gente aí?<o:p></o:p></span></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-79317597741754558242014-06-27T11:51:00.000-03:002014-06-27T23:24:35.596-03:00Reseña Chilena<div class="p0" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Normalmente, gosto de fazer uma pequena (?) resenha sobre
minhas viagens, primeiro, porque facilita de eu não ter que contar tudo o tempo
todo pra todo mundo, e segundo, porque pode servir aos outros viajantes e
àqueles que querem poder-se aventurar em viagens, o que acho digno e justo.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
Antes de tudo, quero fazer um desabafo. As pessoas, principalmente
as que não estão muito acostumadas a viajar,
não têm ideia do trabalho que dá trazer coisas, principalmente de fora do país,
pior ainda na América do Sul com <st1:metricconverter productid="23 kg" w:st="on">23
kg</st1:metricconverter> de bagagem despachada. Sei que vários dos pedidos, como
da maioria dos meus queridos alunos, são de brincadeira ou de se-colar-colou, mas,
infelizmente pra uns e felizmente pra mim, as viagens são minhas, e se for pra trazer
algo, tem que haver uma justificativa muito grande. Desculpem, mas acho o fim o
povo que nem tem nada a ver comigo ficar me pedindo coisas, como se eu tivesse obrigação.
E tem mais: nem encomendas, muito menos presentes! O dinheiro que junto é pra meu
gasto, não sou Papai Noel!</div>
<div class="MsoNormal">
Bem, agora já devidamente desabafado, vamos a Santiago de Chile.</div>
<div class="MsoNormal">
Pois bem. Esta ida aconteceu meio que por acaso, nas ofertas
de última hora, e é aí que vocês conseguem bons preços (Cadastrem-se no <a href="http://www.melhoresdestinos.com.br/">www.melhoresdestinos.com.br</a> e recebam
boletins diários com preços de passagens baixas; é assim que Mr Wu viaja tanto...),
pois dá pra ir pra lá pelo mesmo preço que as viagens tão adoradas pra Porto Seguro
e afins, sob as mesmas condições. Hospedagem barata, ficamos em um flat com serviços,
no bairro de Providencia, recomendado por ser mais silencioso que o Centro e ter
ótimos restaurantes. Ficamos ao lado do metrô, outra dica de sempre pras cidades
grandes e desconhecidas; táxi tem um preço até bom. A cidade é tranquila, mas não
achei essa Coca-Cola toda, não. Fiquei-me lembrando de várias coisas de Buenos Aires,
me disseram que Montevideo é melhor – qualquer hora, vou saber. Ah, e volto a SCL,
sim, apesar dos pesares, me gustó mucho.</div>
<div class="MsoNormal">
Comecemos a falar do povo. No meu penúltimo dia lá aconteceu
algo incrível. Fui ao Parque Arauco Mall, um shopping chiquetésimo, mas longe inclusive
do metrô. Na volta, cansado, decidi usar o ônibus e, qual não foi a minha surpresa
quando, ao entrar, vi que não havia trocador, nem o motorista recebia dinheiro,
somente o cartão de transporte, que eu, evidentemente, não tinha. Agradeci ao simpático
motorista e desci, quando ele me chamou de volta, perguntou de onde eu era e falou
para que eu ficasse no ônibus e só me preocupasse em comprar o tíquete pro metrô.
Agradeci prontamente e vim até a estação para a qual eu me dirigia, conversando
com ele sobre uma série de coisas. Nem perguntei seu nome, mas agradeci mil vezes
a gentileza, e acho que ele pode não ter ganhado nada com isso, mas fez algo de
que nunca vou-me esquecer, por mais simples que tenha sido. E me parece que os chilenos
podem ser assim generosos mesmo. Saindo da Chascona, a casa do poeta Pablo Neruda,
estava com o mapa na mão, e um rapaz, que saía de casa, ficou olhando, e perguntou
o que eu estava procurando; disse-lhe que procurava algo que por ventura houvesse
ali perto e que eu não tinha visto, ele me disse que por ali havia muito a fazer
e, como não era nada específico e eu tinha visto a Chascona e o Cerro, que rodasse
o bairro, pois valia a pena – muito simpático também.</div>
<div class="MsoNormal">
Então, tempos de Copa, real em baixa por lá (“La ciudad está
llena de brasileños, estamos comprando muchos reales.” – justificou-se o moço da
casa de câmbio...), assistimos ao 0x0 do Brasil só pela metade, bem como a
vitória do Chile também – eram dias de excursão. Achei engraçado que, terminado
o primeiro tempo, todo mundo continuou a vida; também o “Chi-Chi-Chi, Le-Le-Le,
Viva Chile!” cantado em todos os lugares no país cujo esporte nacional é o rodeio.
</div>
<div class="MsoNormal">
Outra coisa engraçada foi eu ir ao Centro ao sábado, por volta
das 9h da manhã, e tudo estar fechado (exceto um banco, achei, no mínimo, peculiar).
Eles preferem abrir às 11h e fechar mais tarde, foi o que me disse o atendente do
Museu Precolombino, que vale a pena visitar, pois traz muito do nosso passado também,
com uma parte interativa em que todos viramos crianças, jajaja...</div>
<div class="MsoNormal">
Por perto de Santiago, fomos ao Valle Nevado e a Farellones,
parte da Cordillera, onde fizemos o famoso Tubing, conhecido no Brasil como skibunda,
em que descemos uma pista gelada sentados em bóias; muito divertido.
Encontramos com a Bia (acho digno viajar com crianças, mas você mesma é tão
jovem...), que estava com a fofa da Bel e o gente-boníssima do Arthur (Tu, o tio
ficou seu fã!). </div>
<div class="MsoNormal">
Com o engraçadíssimo Gustavo, nosso motorista naquele dia
(também recomendo contratar um pacote pro dia quando se quiser algo mais
prático), visitamos Valparaiso e Viña del Mar, algo que precisa ser feito, mas que
também não achei essa coisa toda. No caminho, fizemos uma degustação de queijos
e vinhos na Viña Emiliana, que produz orgânicos – aprendemos a diferença entre
uma planta orgânica e uma largada com o Gabriel, guia da vinha. Aprendemos
também um pouco sobre o processo produtivo dos vinhos e o povo fez algumas compras
– eu não fiz nenhuma, fico com as fotos e as lembranças. </div>
<div class="MsoNormal">
Santiago tem cachorros por todos os lados, sejam nas coleiras,
sejam soltos pelas ruas. E tem grades pra gente não atravessar fora da faixa também
– tive que andar uns 3 ou 4 quarteirões extras por causa disso. Aliás, o sinal de
trânsito em algumas esquinas foi algo à parte, vocês devem ter visto no Face ou
no Instagram – aquele homenzinho correndo é impagável. </div>
<div class="MsoNormal">
O peso chileno está valendo algo como 1.000 para cada 4 reais, o que faz você se sentir rico
com aquele monte de zero, mas pobre quando você tira os zeros e multiplica por 4,
pois os preços por lá estão bons como os do Rio, ou seja, surreais! </div>
<div class="MsoNormal">
Atendimento da Lan, na ida, e da Tam, na volta, foram bons, nada
de mais ou de menos, mas certamente melhores que os da Gol. Destaque para a programação
da TAM com filmes antigos, e acabei assistindo a “Some Like It Hot” (Quanto mais
quente, melhor), com a Marilyn Monroe, que só mostra como ela era linda e como foi
uma pena ter morrido – recomendo altamente este filme, em preto e branco mesmo.
Ainda nos ares, os aeroportos do Brasil não ficaram mesmo prontos e todos sabem
disso, mas achei uma verdadeira bagunça o Comodoro Arturo Merlino – não me sai da
cabeça uma senhora que quase acompanha sua irmã até o controle de passaporte, coisa
que nunca vi em lugar algum. Fila longa e demorada, falta de informatização, mas
tudo tem seu lado bom: apesar dos <st1:metricconverter productid="23 kg" w:st="on">23
kg</st1:metricconverter>, podemos trazer líquidos, e os vinhos vêm na bagagem de
mão de quem quer mesmo. Preços no Free Shop de lá melhores do que os daqui, e ofertas
bastante variadas. </div>
<div class="MsoNormal">
Falando em vinhos, fomos a excelentes restaurantes, e estavam
em uma promoção do estilo “Compre 1, leve <st1:metricconverter productid="1”" w:st="on">1”</st1:metricconverter>, com o detalhe de que tinha mesmo que levar pra
casa a segunda garrafa, pois se fosse beber no próprio restaurante, rolha de 4 mil
pesos, jajaja...</div>
<div class="MsoNormal">
Para terminar, dois outros pontos interessantes. O Parque de
Esculturas, que mostra como o povo se relaciona com a arte, e também há várias delas
por toda a cidade, e o Cerro San Cristóbal, de onde se pode ver a cidade toda e
os Andes, e que tem a linda estátua da Imaculada Conceição abençoando Santiago
– vale a pena subir, pode ser de funicular mesmo (com placas em português macarrônico).</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Enfim, foi uma viagem muito boa, que recomendo, principalmente
se você tiver amigos maravilhosos como os meus (Lucas y Vitor, ¡gracias!), que deixam
tudo mais divertido e organizado, jajaja, deixando Mr Wu em férias de verdade.</div>
</div>
<div class="p0" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXw0LEXxByTSyK8rHhXjsvDhCQBBzPE7Z-BAdaMWX8d_RxgTsYTrh9lrz1ita7_X_bjLz6cwWdlBSOsiReUEo_mb6HooCvNCqKtjrQNvrwNQWsgELzFGtgouPkIBcWKhI_tpzl44J5x1Y/s1600/DSC_3622.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXw0LEXxByTSyK8rHhXjsvDhCQBBzPE7Z-BAdaMWX8d_RxgTsYTrh9lrz1ita7_X_bjLz6cwWdlBSOsiReUEo_mb6HooCvNCqKtjrQNvrwNQWsgELzFGtgouPkIBcWKhI_tpzl44J5x1Y/s1600/DSC_3622.JPG" height="211" width="320" /></a></div>
<div class="p0" style="margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-3346667465548271862012-05-09T23:19:00.001-03:002012-05-09T23:19:32.762-03:00In Rio<p>Eu sempre falo que tenho uma relação cármica, de paixão com o Rio de Janeiro. É uma coisa muito engraçada. Em 1999, quando lá estive (de verdade) pela primeira vez, nossa, era um temor. Fui passear, visitar amigos (que nunca mais vi, diga-se de passagem), enfim, minha mãe ficou aqui sem saber o que eu tava indo fazer naquele lugar em que matavam um em cada esquina... Era isso o que todo mundo pensava e, porque não dizer, eu também. Mas lá fui, na cara e na coragem, porque precisava ir, algo me chamava ali. E dali em diante começou minha história de amor com esta cidade, realmente maravilhosa, por mais <i>cliché </i>que a expressão se tenha tornado. </p> <p><b><i>S</i></b><i>ão <b>S</b>ebastião <b>L</b>embrança <b>A</b>érea / </i><b><i>S</i></b><i>ão <b>S</b>ebastião <b>L</b>ocal <b>A</b>greste / </i><b><i>S</i></b><i>eu <b>L</b>ugar <b>A</b>mado / </i><b><i>S</i></b><i>eu <b>L</b>ugar <b>A</b>dorado</i></p> <p>Nestes 13 anos que me separam da primeira visita ao Rio (antes tinha sido só conexão no Galeão), voltei lá algumas vezes, umas 7 vezes eu acho, e tive alguns dos melhores momentos de minha vida por lá. Não, não é um lugar pra eu morar, não gosto do caos, não gosto da confusão, não gosto da informalidade generalizada, não gosto de uma série de coisas, mas sei que amo, e você, caro NONSENSEr, deve saber que quando a gente ama, não há razões para isso, a gente simplesmente ama.</p> <p><i>Rio 40 graus / </i><i>Cidade maravilha / </i><i>Purgatório da beleza e do caos / </i><i>O Rio é uma cidade de cidades misturadas / </i><i>O Rio é uma cidade de cidades camufladas</i></p> <p>Talvez porque o Rio tenha algum mistério, vai saber. Vai que eu já morei lá, né. Dia desses, no Centro Velho de São Paulo, eu me saí com a seguinte pérola (que falei pra mim mesmo): "Ando umas 4 quadras e chego à praia". Aí eu me lembrei: "Tô em Sampa!" É algo maior, que até me tira do prumo. </p> <p><i>Lá de cima se via o Cristo / </i><i>Braços abertos sobre a minha cabeça / </i><i>A me proteger / </i><i>A me guiar</i></p> <p>Sempre marco a poltrona pra uma coisa superemocionante: ver o Cristo. Descer no Santos Dumont é uma verdadeira ode, a gente acha que vai pousar na água; sair de lá tem a mesma magia, e falamos tchau pro Pão de Açúcar, e vamos ruminando como é bom... Impressionante! E olhem que não sou de me impressionar, mas sempre "verto sorrateiras ou copiosas lágrimas" ao olhar pra tudo aquilo. É um desbunde, é um deleite, é uma delícia.</p> <p><i><i><i><i><a href="http://lh5.ggpht.com/-5lPTFvqiblY/T6slqhlbiEI/AAAAAAAAGOs/erGjMxHnVTI/s1600-h/Non%252520sense%25255B5%25255D.jpg"><img title="Non sense" border="0" alt="Non sense" align="left" src="http://lh4.ggpht.com/-b-O3oW_3Cw8/T6slsT6HAlI/AAAAAAAAGO0/4K7h9wuTXUE/Non%252520sense_thumb%25255B3%25255D.jpg?imgmax=800" width="230" height="299" /></a></i></i></i>Minha alma canta</i></p> <p><i>Vejo o Rio de Janeiro</i></p> <p><i>Estou morrendo de saudades… </i></p> <p><i>Cristo Redentor</i></p> <p><i>Braços abertos sobre a Guanabara…</i></p> <p><em>Este samba é só porque</em></p> <p><em>Rio, eu gosto de você…</em></p> <p>Sempre inspiradora, a cada momento me saio com uma música, cantarolando sem receios e sem controle. Porque odes à cidade são abundantes, e também porque o Rio faz parte de nossa memória afetiva, até pra quem nunca foi, até pra quem não gosta. </p> <p>E houve uma coisa positivamente diferente dessa vez: viajei com minhas amigas Bárbara, Lígia e Rachel, e foi ótimo ter tão deliciosas companhias. Encontrar com meus queridos Vítor, Thalles e Caju já estava no cardápio pelo qual eu já ansiava antes de ir, mas como essa cidade é mesmo mágica, encontrar, mais uma vez por acaso, Catarina, nossa, é mesmo muito bom.</p> <p>São Pedro, pra variar comigo no Rio, não deu trégua. E olhem que eu tinha dito que entraria no mar, ando precisando descarregar com sal grosso, e pra que mais descarrego do que o próprio mar? Mas não deu jeito. Só que o Rio consegue ser ode com chuva também, uma delícia.</p> <p>Dessa vez, teve espumante na Atlântica, comidinhas deliciosas, café da manhã num local com história, balé na porta do Municipal, passeio ao Corcovado (que ainda faltava no meu portfólio) e, até Ele que adora ficar no meio das nuvens quando estou lá, estava límpido, e o tempo afável, soprando forte os nossos cabelos. Teve filminho, teve Cabaret (com a deliciosa da Cláudia Raia em uma atuação competentíssima), teve boa conversa, teve a reflexão que o Rio sempre me proporciona. Teve 9:30h seguidas de sono, coisa que não fazia havia tempos, e pra quem me condenar por "estar no Rio e ir dormir", bem, este corpinho precisa descansar também, que não sou de ferro e não estou tão novo nem tão bonito pra dar conta de tanta coisa. O Rio também me traz lembranças muito boas, coisas que não sei se e quando poderei reviver.</p> <p>Devo voltar ainda este ano, pra ver a Tia (ainda nem comprei ingresso, dá pra crer?), mas deve ser rapidinho. Espero que, dessa vez, Ele contribua e o sol brilhe sobre a Baía de Guanabara, para meu deleite. Se não brilhar, não tem problema: <i>O Rio de Janeiro continua</i>rá <i>lymdo</i>!</p> <p><b><i>["Vida: não é suficiente viver; preciso de ar fresco e liberdade!"]</i></b></p> Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-76303673382047282082012-03-04T20:43:00.001-03:002012-03-04T20:43:02.660-03:00Pracas<p>Fico eu a pensar quem seriam os usuários destes lugares, kkk…</p> <p><a href="http://lh4.ggpht.com/-Zz8vpOIzBWw/T1P9x2KRCfI/AAAAAAAAFo8/SIbOB-hRJ8g/s1600-h/image0011%25255B3%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="image0011" border="0" alt="image0011" src="http://lh6.ggpht.com/-4VzGcqrzoUs/T1P92pVkfmI/AAAAAAAAFpE/jXtqK2ymciQ/image0011_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="612" height="465" /></a> </p> <p><a href="http://lh5.ggpht.com/-WqywYTEFZ5c/T1P97Sjcg0I/AAAAAAAAFpM/KirTTn4k8Fk/s1600-h/image0022%25255B3%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="image0022" border="0" alt="image0022" src="http://lh6.ggpht.com/-RoodZaix8K8/T1P-Ab3VMJI/AAAAAAAAFpU/HcLUECn55uQ/image0022_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="613" height="466" /></a></p> Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-42000374464239318952012-02-28T02:38:00.001-03:002012-02-28T02:38:11.168-03:00Buenos Aires não é mais aquela, olha a cara dela...<p>Muita coisa mudou desde minha outra estada em BsAs. Na realidade, a farra que nós <i>brasileros</i> fazíamos na capital <i>hermana</i> já se foi, porque, exceto pela camisa polo da Lacoste (que continuo relutando em comprar, porque não vejo motivo em pagar tão caro), tudo aumentou, em peso, em real ou em dólar. Na realidade, a inflação alta, o consequente aumento da pobreza e a política populista de Cristina fizeram com que o país perdesse muito do charme e do ar europeu que deve ter tido em algum momento pelo qual sequer passei (asseguram-me os amigos que realmente houve). Quando vim aqui há 2 anos, confesso que não gostei muito, pois tinha uma vida corrida, pegando metrô cheio na hora do <i>rush</i> e viajando por 12 estações, conhecendo coisas que nem sempre diziam muito pra mim, só conseguindo me encontrar nos últimos dias, quando, finalmente, segui os conselhos de Tininha e fui passear pela Av. del Libertador e arredores. Desta vez, a diferença foi que, para apresentar a Lucas algumas das coisas que eu já conhecia, consegui pensar algo da melhor parte, principalmente no último dia de viagem, em que já havíamos cumprido a parte de locais turísticos e de shopping, com nosso melhor dia. Aliás, falando em shoppings, como eu disse, eles não são mais os mesmos, tudo é mais caro do que antes e estavam sempre cheios, de <i>porteños</i> e de <i>brasileros</i>, porque, por exemplo, na Calle Florida, parte turística, só se ouvia português, estava que nem New York, kkkk... A parte boa de haver tanto brasileiro é que agora se aceitam reais, assim como já se fazia com o dólar, em muitos dos lugares, e a cotação tem sido favorável – 2,50 pesos por real, em média. Ainda continuamos ajudando a mover o comércio da cidade, mesmo que não como antigamente, mas já há mais atendentes falando português, já escrevem “liquidação”direito, já há muitas placas em nossa língua, ou seja, como nos EUA, estão-se adaptando, porque somos muito bem vindos. Shoppings de que gosto: Galerias Pacífico (na Florida, lindo prédio), Alto Palermo (pra encontrar gente fina e elegante), Pátio Bullrich (pra encontrar gente rica e gastar aos tubos com as marcas de luxo) e Abasto (em um antigo mercado).</p> <p>Agora vamos às dicas e comentários.</p> <p>A visita aos lugares históricos pode ser feita, como em todo lugar de turismo organizado, num ônibus que faz city tours, daqueles sem a cobertura de cima. Não vi o preço, pois não precisávamos, mas é sempre bom pra sabermos, inclusive, do porquê daqueles monumentos, sua importância e contexto; guias especializados também podem ser conseguidos, e minha amiga Deia me recomendou uma, cujo número posso passar a quem quiser. Bem, desta vez, como também era feriado (e eu não sabia, ainda que tivesse procurado saber), a Casa Rosada estava aberta a visitações, mas ainda algo muito desorganizado, sem informações iniciais, que só entramos no primeiro pavilhão, com fotos de ícones da história latino-americana, incluindo Getúlio e Tiradentes; não fizemos a parte interna porque seria demorada, mas tiramos foto “com Cristina” também na foto. Aliás, pessoa peculiar é <i>la presidenta</i>. Amam-na, odeiam-na, com paixão, argentinos parecem ser assim mesmo. Encontramos gente que disse que não votou nela, mas votou; gente que a defende com unhas e dentes; e gente que sequer gosta de tocar no nome dela - brincalhões como nós brasileiros somos, decidimos tirar uma foto com um cartaz que diz <i>“Todos con la presidenta”</i> ou algo assim, e a guria se recusou a nos fotografar, já que era assim... Vale a pena ver a Floralis Generica, no Parque de la Flor, perto da Facultad de Derecho, na Presidente Alcorta.</p> <p>O transporte público continua interessante. O metrô agora custa $2,50, o que é muito barato para nós (mas era $1,80 há 2 anos), e na quarta-feira, andamos de graça, não sabemos exatamente o porquê, mas foi o que aconteceu na volta. Os táxis continuam baratos, mas histórias aconteceram, como, por exemplo, um taxista que nos ofereceu maconha, dizendo que éramos os primeiros brasileiros que não entraram no táxi e imediatamente pediam a erva, e até a tirou do bolso e praticamente esfregou na nossa cara, ao que eu disse, tranquilamente, que preferíamos ficar altos com deliciosos vinhos argentinos, mesmo. A dica para a chegada é já reservar desde casa o táxi do próprio aeroporto de Ezeiza, que fica por $180 para qualquer lugar da cidade; na volta, seguindo os conselhos de Javi, tomamos um taxi comum, que cobrou basicamente os mesmos $150 que teríamos pagado ao Táxi Ezeiza, então suponho que dependa de onde se está para ser melhor o preço do não encomendado; na internet, há um serviço de $125, mas não conheci.</p> <p>Como falei em vinho, ah, eles continuam baratos, amém!; é praticamente a única coisa que ainda vale a pena. Comprei no supermercado um vinho chamado Orfila por $13, simplesmente ótimo. Há, claro, vinhos de todos os preços, mas muitos ainda continuam mais baratos do que o refrigerante, por exemplo.</p> <p>Os produtos de beleza importados, como das marcas La Roche-Posay e Vichy, que me haviam sido encomendados, vieram pelas metades, porque alguns estavam inacreditavelmente mais baratos, e outros muito mais caros, mas consegui pegar promoções, o que é muito comum, de comprar 2 e ganhar descontos; conseguimos também promoção no Duty Free de Ezeiza, que continua enorme e maravilhoso, mas os preços se comparam com os do Brasil, só que um pouco mais baratos; a Farmacity continua presente pela cidade toda, mas senti falta de algumas coisas. Consegui foi comprar minha pomada de cabelo pela metade do preço, assim como protetor labial – perfumes são mesmo mais vantajosos no Free Shop, da outra vez comprei vários nas farmácias mesmo. </p> <p>O sistema de Tax Free continua incipiente, mas se deve prestar atenção a ele nas lojas, principalmente nos shoppings. Comprar alfajores é de lei, mas, à exceção de quem “ama” os Havanna, não vejo necessidade de se os comprar, já que são os mais caros (antes, caixa de 12 por $36, hoje, caixa de 6 por $32... um trem que nós já esquecemos e que se chama inflação), pois há mais baratos e até melhores no supermercado. Recomendo o Disco para estas situações – e se for ficar mais dias, melhor ainda, pois você sempre ganha cupons para ganhar descontos na compra seguinte. </p> <p>O sítio da cidade, <a href="http://www.bue.gov.ar/home/index.php?lang=pt">http://www.bue.gov.ar/home/index.php?lang=pt</a>,é muito bom e dá muitas dicas – vale também pegar um mapinha logo no quiosque de informações no aeroporto, dá para ir-se virando com tranquilidade, caso já não o tenha baixado no <a href="http://www.bue.gov.ar/imagenes_guias/guia_bsas_portugues.pdf">http://www.bue.gov.ar/imagenes_guias/guia_bsas_portugues.pdf</a> ou tenha o aplicativo de iPhone ou similar. Aliás, a cidade tem wi-fi na maioria dos lugares – chegue e pergunte pela “contraseña para wi-fi”. Ah, e existe um sistema na cidade de se alugarem bicicletas – não testamos, mas sabemos que é válido e muito bom, como em outras cidades turísticas do mundo; contaram pra mim que no Rio também existe e é muito legal, e em Paris também tem. </p> <p>Bem, os <i>hermanos</i> continuam não sabendo lidar com cartão de crédito com chip (lembrar-se de habilitá-lo para uso no exterior com sua operadora). Toda vez é uma confusão e um funcionário mais experiente tem que ajudá-los e explicar como é, e você, além de usar a senha, tem que assinar e colocar um documento de identidade); a função débito, às vezes, não funciona, mas continua valendo aquela de se levar cartão de crédito, de débito, <i>Cash Passport/Visa Travel Money</i> (que se compra nas casas de câmbio ou banco, e se pode recarregar sempre, e que tem melhor valor e menos impostos) e papel moeda. Aliás, andar com real é tudo em BsAs, porque a cotação tem sido muito favorável a nós. Nas casas de câmbio, a média tem sido entre $2,10 e $2,30, mas nas lojas vimos de $2,40 a $2,65, podendo-se pagar em real mesmo, o que faz diferença no caso de se comprar muita coisa. Sacar dinheiro diretamente no caixa automático é bom, mas me lembro de que, no Peru, paguei R$20 por saque de R$308 (450 soles, o máximo por cada saque), o que leva a compensar a taxa de câmbio, dependendo do valor. Ah, e se aceita muito American Express, com promoções bem específicas. Câmbio bom é no Banco de La Nación, na própria Plaza de Mayo tem a matriz, num prédio que vale a pena só de ir ver, inclusive. Na chegada ao aeroporto, dava pra trocar no quiosque deles já no saguão, depois da porta de desembarque, que tinha um valor melhor, mas desta vez não vi se o quiosque ainda estava lá. Os outlets ficam na Córdoba, entre 4200 e 4900, mas nem fomos lá, já que os preços estavam ruins mesmo. Aliás, vi menos sacolas aqui no avião, inclusive. </p> <p>As livrarias continuam repletas de gente e opções, só é uma pena que, de novo eles, os preços não estejam mais tão convidativos, mas saborear um café lendo um livro na El Ateneo não tem preço, ai ai... Também qualquer tipo de parada nos cafés charmosésimos que há em todos os lugares é obrigatório. Dá pra se perder pela cidade, parando neles, saboreando um <i>espresso</i>, que sempre vem com um bolinho ou biscoitinho e/ou uma aguinha com gás, enquanto se lê um livro ou se vê a parte bonita da cidade passeando na sua frente – nos bairros “bons”, essa parte é muito bonita messssmo.</p> <p>O verão é de chuva, mas não vi nenhuma chuva que durou – vale à pena levar roupas leves, claro, um tênis confortável para andar, andar, andar, como em qualquer turismo, e um casaquinho pra voltar pra casa de noite, valendo lembrar que naquele monte de lugar que há pra se ir, tudo termina tarde – houve dias de irmos jantar à 1h da manhã, e tudo lá bombando.</p> <p>Celular é uma coisa que por vezes funciona, por vezes, não. Acho muito caro o roaming internacional, mas a gente recebe mensagem de graça mesmo, daí, tem sempre um locutório, de onde se podem fazer ligações por um preço interessante (vi coisa de $1,50 o minuto) ou o prático do Brasil Direto, 08009995500, que vale pra todos os lugares e você liga a cobrar pro Brasil – no sítio da Embratel você encontra os números para todos os países do serviço, que super funciona sempre. Há que se habilitar o celular antes de sair do Brasil, senão nem as mensagens a gente recebe.</p> <p>Então, Buenos Aires tem ótima comida, e acho mais do que válido que sempre se prove a comida local – McDonald’s é para quando não temos tempo de pensar, ou para ser prático, e até nisso ando mudando, ao tentar comer, quando possível, nos <i>fast foods</i> locais – no Peru, o Bembo’s é muito bom, em BsAs eu não procurei. Desta vez, eu comi foi comida patagônica. Agora, detalhe irritante da <i>situación</i>: talher de plástico. Aff, isso é uma praga em qualquer praça de alimentação, uma pobreza só. Parem e analisem: como é que vamos cortar aquelas toletes grossos de carnes (na maioria das vezes sangrentas, porque o estilo é mal passado mesmo, ainda que euzinho não goste) com talher de plástico??? E olhem que comida não é coisa barata por lá, não, e você ainda ficar fazendo exercício para comer? Até perdemos a fome. Comer empanadas é obrigatório, assim como se recomenda provar as <i>medialunas</i>, que são como que croissants; mas até a torrada que comemos nestes dias estava maravilhosa, talvez a melhor que já comi na vida.</p> <p>Então, eu costumo viajar sozinho. Já conheci vários lugares neste mundo, sempre me “apoiando” no apoio logístico propiciado pelos amigos, na maioria das vezes. Na realidade, nunca consegui fazer uma viagem completa com meus velhos amigos, pois sempre um não podia ir junto, ou voltar junto, ou pra facilitar não se ficava na mesma casa, esse tipo de coisa. Com amigos novos, a coisa tem sido diferente (o Lu é um velho-novo amigo). Na verdade, a companhia é algo muito importante para o sucesso de uma viagem, principalmente se baseando no quesito compatibilidade: os interesses precisam, no mínimo, ser próximos e as pessoas têm que ser relativamente independentes, para conseguirem desfrutar do lugar e das coisas que ele oferece. E esta viagem foi um exemplo de como é bom também poder viajar com alguém. Ainda que fosse minha segunda vez em BsAs, voltar a alguns lugares não foi nada ruim, ter com quem conversar o tempo todo faz com que a gente até faça mais coisas, principalmente pra gente como eu, que adora ficar quieto dentro de casa, ainda que esteja a milhares de quilômetros da minha própria cama. Aliás, neste momento em que Lucas continuou de feriado e eu segui em frente, porque tenho que trabalhar, a parte do ficar sozinho somente me permite terminar meu post, enquanto espero as horas passarem até o momento de voar de novo, e confesso que está sendo bem estranho. Claro que, horas depois, encontrei aquele tanto de montes-clarense voltando pro sertão...</p> <p>Assim, últimas dicas de Buenos Aires estão em <a href="http://viajeaqui.abril.com.br/indices/conteudo/multimidia/videos/mt_video_274208.shtml">http://viajeaqui.abril.com.br/indices/conteudo/multimidia/videos/mt_video_274208.shtml</a> e <a href="http://viajeaqui.abril.com.br/materias/boasvindas/mt_boasvindas_cidades_227493.shtml">http://viajeaqui.abril.com.br/materias/boasvindas/mt_boasvindas_cidades_227493.shtml</a>. Neste sítio, consegue-se encontrar muita informação sobre a cidade e outras, além de boas dicas de viagem. For those who speak English, I also recommend this site on trips, which will be of very good use about trips in general and cities in the US: http://www.nomadicmatt.com/travel-guides/united-states-travel-tips/ .</p> <p>E, pra finalizar, por mais que eu viaje, sair do Rio de Janeiro, ainda que do Galeão, ah, aquela vista sempre me emociona. Os comissários só precisavam era aprender a falar inglês direito, neam, porque, putz!, mas, ao menos, é um momento de descontração.</p> <p>Ósculos e amplexos! </p> <p>(Post escrito entre EZE e CNF.)</p> <p><a href="http://lh4.ggpht.com/-HqxGxUc6Xns/T0xoLzOYqSI/AAAAAAAAFos/QY4JOIY-lSA/s1600-h/PICT0683%25255B3%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="PICT0683" border="0" alt="PICT0683" src="http://lh4.ggpht.com/-7u9V74x8JuQ/T0xoPgVRRKI/AAAAAAAAFo0/HvYHRtcaO1Y/PICT0683_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="350" height="460" /></a> </p> <p>PS: Pra quem sabia da minha outra viagem, sim, perdi a birra. Só não sei é quando volto…</p> Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-90518193555774065802012-01-19T21:25:00.001-02:002012-01-19T21:25:31.254-02:00Marley & yo<p>“Me quedé” preocupado com uma coisa noite dessas. Fazia tempo que eu não via tanta gente falando a mesma coisa no FB (praticamente um Trending Topic), que tinha chorado horrores com “Marley e eu”. Eu não assisti ao filme, pra variar, e se estivesse em casa, provavelmente teria visto e é claro que teria chorado. Mas o fato que me incomodou foi o porquê de tanta gente “reclamar” que chorou. Ora, chorar é bom, gente! Faz bem, a gente coloca pra fora o que está incomodando, ou até mesmo quando a gente chora de rir, está colocando pra fora. Eu não vejo problema algum em chorar, a torto e a direito. Choro com tudo: com propaganda de margarina; quando os menininhos falam “Oi” no fim da propaganda da companhia telefônica; nas imagens da semana do Bom Dia Brasil (que não é mais o meu favorito, agora que ficou popular demais com o chato do Chico Pinheiro); quando toca o hino nacional (quando tô fora do Brasil, mais ainda); até pego meu favorito “Moulin Rouge” de vez em quando, só pra chorar. Não vejo mal nisso. E não vejo mal em homem chorar também. Acho que é por isso (y otras cositas) que estamos virando uma sociedade doente, na qual não é permitido expressar os sentimentos de maneira real e sincera. Coitados então são os meninos, porque desde cedo os estúpidos dos adultos, os pais principalmente, acham que aquilo no meio das pernas é o suficiente pra enfrentar tudo e ficam dizendo pro coitado que “homem não chora”, e o coitado do guri leva isso consigo até o fim da vida, deixando de viver, realmente, o que sente, o que precisa sentir. Claro que entendi as brincadeiras, claro que vi gente falando isso só por falar, mas queria mesmo era dizer “Chorei e foi ótemo!”, mas as pessoas precisam mascarar. Teve alguém que, jocosamente, falou que caiu um cisco num olho e em seguida no outro. Adoro dramas, morro de chorar, peço à Selma pra não ir lá na casa do vilão feladaputa, mas ela vai, e eu choro; vi Satine morrer várias vezes; emociono-me com a delicadeza de Amélie... Supercurto fossas ouvindo Rô-Rô ou Zizi, e só falto pedir a gilete. Odeio passagem de ano novo, porque não quer me dizer muita coisa, mas normalmente passo chorando. Choro nos casamentos, não dei conta de abraçar Nayare quando ela me disse que Maria Antônia estava vindo porque senão ia chorar, enfim, diferentemente de muita gente por aí, sou sensível, e assumo, com muito orgulho. (Escrito en Perú, en el 21 diciembre 2011)</p> Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9212250825277193579.post-57854509520915197492011-11-15T14:03:00.001-02:002011-11-15T14:03:46.359-02:00Meia branca, Deus e gente preta...<p><b><a href="http://lh5.ggpht.com/-Fk02sCoQ4a0/TsKNGSbp0aI/AAAAAAAAFnQ/nvCxnacxuMw/s1600-h/michael-jackson-cropped-black-pants-and-loafers%25255B3%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="michael-jackson-cropped-black-pants-and-loafers" border="0" alt="michael-jackson-cropped-black-pants-and-loafers" src="http://lh5.ggpht.com/-N8UmaPfvzN4/TsKNIps8iQI/AAAAAAAAFnY/zIjjoPNzvyo/michael-jackson-cropped-black-pants-and-loafers_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="205" height="276" /></a> </b></p> <p><b></b></p> <p><b>Abaixo as meias brancas!</b></p> <p>Então, a praga das meias brancas é insólita, e aparece em qualquer lugar, onde menos se espera, inclusive. Meia tem que combinar com o sapato! Ou com a calça! E ponto final. A não ser que você tenha aquela moda hype, que seu senso fashionista (palavra usada em inglês agora, assim, em todas as revistas dos EUA) permita que você use meias vermelhas ou verdes só pra dar aquele destaque, ou que você esteja, de fato, usando calça e/ou sapato branco (e seja da área da saúde, s'il vous plait!), é proibido usar meias brancas. Pior ainda é o povo que descobriu que se devem usar meias curtas, aquelas que só protegem o pé do tênis (!), mas se esqueceram de que elas são feitas pra se usar com shorts ou bermudas. Porque, de novo, manda a etiqueta que não se deve mostrar a canela (ou qualquer parte da perna) quando se senta, no caso de se estar usando calças (a referência é KALIL, Glorinha). Enfim, o cidadão abaixo exemplifica tudo o que não se deve fazer neste aspecto, pois conseguiu cometer os dois erros ao mesmo tempo.</p> <p><a href="http://lh6.ggpht.com/-9EIX1iihqTM/TsKNLdsSLUI/AAAAAAAAFng/1yfSBx4pewg/s1600-h/IMG10206%25255B4%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="IMG10206" border="0" alt="IMG10206" src="http://lh5.ggpht.com/-VA23xYFMOkg/TsKNNpt8X3I/AAAAAAAAFno/ji1CS2Eqco8/IMG10206_thumb%25255B2%25255D.jpg?imgmax=800" width="285" height="335" /></a> </p> <p>Há algum tempo, uso meias azuis, que combinam com o jeans. Tem gente que não gosta, mas, aí, sim, é questão de estilo. Desde o ano passado, ando brincando com minhas meias listradas, e acho superlegal. Agora, vocês não sabem o que é garimpar pra achá-las, porque você chega às lojas e tem aquele mooooooooonte de meia branca, um terror. Nos EUA é pior ainda! Mas dá pra se dar um jeito. Isso se você quiser, claro, porque, se você não gosta de etiqueta, isso não é problema algum. Adequar-se pode ser uma opção. Continue usando meias brancas com roupas pretas, que nem o finado Michael Jackson – vai que um dia você vira <em>star</em>!</p> <p> </p> <p><b>"Sobre Deus"</b></p> <p>Quem é Deus? Ou, quem são Deus? Homem, mulher, menino, Jesus, uma energia cósmica, uma conjunção de fatos, um mecanismo de controle, uma crença incrustada para manter uma linha de sanidade... Adorei ver Deus sendo feito por Whoopi Goldberg e por Alanis Morissette, porque aí tira todo aquele élan sobre quem e como seja(m) Deus. "Morreram Cacilda Becker", já disse Drummond. </p> <p>Dia desses falávamos sobre Deus. E vejam que estou sempre grafando em inicial maiúscula, porque estamos falando DA divindade, e não dos deuses que temos por aí, porque não vou me delongar ao falar da moda (!), da tevê, do dinheiro, do sexo, do cigarro, da bebida... e de Michael Jackson também. Então, e falávamos sobre como é fácil acreditar em Deus, e também em como não é fácil. É tão tangível e tão palpável para uns, e tão distante para outros. Questão de fé. E fé é algo tão complicado de se falar sobre. Sem contar a deusa ciência, que também é uma própria religião (minha querida professora Tânia Marques falava dos cientistas e teóricos, cada um em sua igrejinha, mas isso é papo para outro post) que não permite resultados incontestes. Enfim, esse intróito todo é pra falar que Deus é muito mais. Morro de dó (lembrando que dó é substantivo masculino, né!) d'Ele quando O invocam pra tudo. Eu falo pr'um povo aí que Deus tem mais o que fazer do que ficar fazendo Atlético ou Cruzeiro ganharem, tem um monte de avião no ar pra ele proteger, e Ele é muito mais do que ficar tomando conta de nossas comezinhas vontades que levam a nada, que Ele é mais! Acho muito interessante quando as pessoas percebem Deus em tudo e em todos e, sim, pelo que aprendi, Ele está em qualquer lugar. Mas o que me mata é quando o povo coloca no carro que é "Presente de Deus", e aproveitam o que Ele lhes deu de maneira tão inapropriada, sendo mal educados no trânsito, parando sobre as faixas, não dando preferência aos pedestres, enfim, aviltando o presente que Ele tão bondosamente lhes teria dado. Dia desses me deparei com o automóvel abaixo, que não fez nada de errado no trânsito, mas que me incitou a pensar um pouco sobre como as palavras se tornam vagas, por vezes; inclusive o uso de Deus. Alguém consegue me explicar o que quer dizer o escrito aí???</p> <p><a href="http://lh3.ggpht.com/-nJ60nKer1vE/TsKNQaRr3BI/AAAAAAAAFnw/avdbiv2MUaQ/s1600-h/IMG10207%25255B3%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="IMG10207" border="0" alt="IMG10207" src="http://lh6.ggpht.com/-2ZKbjhADDug/TsKNSmihgRI/AAAAAAAAFn4/SkJlTqbOaJM/IMG10207_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="405" height="214" /></a> </p> <p> </p> <p><b><i>Black is beautiful!</i></b></p> <p>Loiro, lindo e japonês que sou, J , há muito tempo fico prestando atenção em como a questão da posição do negro é vista nos diferentes lugares das sociedades. Sim, temos (e vejam que me incluo nisso) preconceito contra negros. Quem nunca atravessou a rua ou pegou a bolsa com mais firmeza quando viu dois negões vindo na direção oposta na calçada da rua vazia? Ou quem nunca soltou uma piada preconceituosa do gênero "Só podia ser preto!", ainda que só de brincadeira? E não estou aqui para julgar ninguém sobre isso, principalmente porque, negro beiçudo que sou, nem posso falar sobre tal assunto assim, somente. </p> <p>Worney, você já sofreu preconceito? Sim, várias vezes. </p> <p>Uma vez, em uma festa do Theo, colunista social aqui de Moc City, acharam que eu era garçom, e olhem que foi quando eu fui homenageado – eu tava de smoking, meio parecido com o terno preto dos garçons, então, tinha que ser garçom, porque preto ali naquela festa da high society... A nobre perua me perguntou se eu podia servi-la de algo, ao que eu, espirituosamente preparado naquele dia (sim, temos que ter preparação para isso, vocês nem creem!), disse que também estava procurando o garçom, e ela, claro, morreu de sem graça.</p> <p>Os olhares dos seguranças (em sua maioria negros, claro!) quando eu entro na H. Stern, minha joalheria preferida, são diferentes. Uma vez, fui super mal tratado na extinta e iconizada Zoomp, sem nenhuma indicação do porquê, e quase os processei; e olhem que eu estava num dia gastarino... O dia de passear em BH no Diamond Mall, onde eu me sentiria super bem com o ar de chiquesse de que tanto gosto, tem que ser de preparação, da melhor roupa, do colírio (alergia ao ar condicionado - olhos vermelhos - preto marginal). Quando eu morava em São João del-Rei, a gente usava touca, mas quem disse que eu mantinha a touca na cabeça quando chegava a BH? Preto - marginal – touca... </p> <p>Quando eu tinha 8 anos, a gente ia pra escola de ônibus, uma tribo super mix e, com vistas de hoje, politicamente correta e inclusiva (ou quase o Tchan): eu, a loira Dany e a morena (branca de cabelos negros) Flávia. Ainda que com 8 anos, éramos pequenos, e saltávamos a roleta, como todos os estudantes à época. Sim, já estávamos errados, mas fazíamos isso todos os dias, e ninguém nunca reclamou. Um belo dia, lá foi Dany, lá foi Flávia e, quando Worney ia, o trocador não deixa Worney passar. Instala-se um burburinho, com direito a Worney dando escândalo, chorando, gritando... Descemos no ponto, ligaram pra minha mãe e, pobre coitado, "não sabia com quem estava lidando!", acabou na rua. Alguém pode dizer que não foi por causa disso, mas eu era o único negro, e do mesmo tamanho das meninas, pois era pequeno quando criança.</p> <p>Um belo dia, uma pessoa próxima, quando falei sobre preconceito contra negros, virou pra mim e disse, "Não, Worney, você não é negro, você é moreninho!"... Moreno o escambau! Como se ser preto fosse problema. As formas de expressão do preconceito são bem essas. </p> <p>É claro que temos que refletir sobre coisas como descrever aquela "loirona boazuda" não é ofensivo e aquela "negona boazuda" soa pesado; falar aquele moreninho é "melhor" do que falar "aquele neguinho"; chamar o cara de "negão" até que não, porque "negão – grandão – et ceterão" consegue ser melhor do que o "loirão". Anderson Silva, o mais novo ídolo brasileiro, que o diga! Minha irmã Cris deu uma festa pra mim, e falou pros porteiros que eu era irmão dela, e eles ficaram sem entender, e ela disse, "Sim, um negro, ele mesmo!"... É maluco como as pessoas têm até medo de dizer "aquele negro"... Que louco!</p> <p>No colégio, na faculdade, nunca tive problemas diretos com isso, porque sempre fui bom aluno e isso "compensava". Na vida profissional, caso isso aconteça, "é lá pras nêga deles", porque parece ter afetado quase nada. Na vida em geral, uso óculos escuros porque gosto, mas também pra ficar atento e, discretamente, evitar situações causadas pelo preconceito velado que impera. Ah, e um lugar em que nunca sofri preconceito foi em aeroporto. Acho que eles entendem que não vale à pena. Nem antigamente, quando os aeroportos brasileiros eram mais glamurosos e aí éramos bem menos os pretos por lá, só diplomata... </p> <p>Mas o fato é que preconceito contra raça é parte dele, porque o preconceito real é sobre grana, bufunfa, dinheiro. É um preconceito contra pobre, é a situação econômica, porque não creio que haja preconceito contra o Pelé ou o Alexandre Pires por eles serem negros. Aliás, uma coisa: sempre param pretos dirigindo carros chiques nas Blitzen (plural alemão de Blitz, e grafado com inicial maiúscula; em português correto, "nas blitzes" ou "nas blitz", assim, invariável; mas é só pra fazer gênero) – por que será? Aliás 2, eu sempre falo "Deve ser o motorista", quando vejo um preto dirigindo um carro caro... Eu, preconceituoso? Never! Voltando, pelo histórico da situação do negro no Brasil, fim da escravidão, etc, claro que as populações descendentes de escravos não tiveram as mesmas oportunidades diante da vida econômica. Há brancos pobres? Muitos. Mas vejam a quantidade de gente branca representando pobre em qualquer campanha na mídia: quase zero. </p> <p>E ainda há a pergunta sobre o, onipresente neste post, Michael Jackson, se ele queria mesmo ficar branco. Interessante como ele se encaixou nos três temas…</p> <p>Então, fazendo leitura desse preconceito e do (chato do) politicamente correto, fico sempre analisando as propagandas, os informes, as capas dos livros (incluindo os do CNA, lógico), numa patrulha para saber como os 40% declarados da população, aqueles das 43 denominações de negro que vão de "marrom-bombom" até "cor de jambo", são representados. Muitos estão fazendo isso direito, em outros casos, meio que soa falso e forçado. É claro que é bom que tenhamos protagonistas negros (e ricos, diga-se de passagem, né, Thaís Araújo) e pessoas negras inseridas em contextos de suposta normalidade, para que a própria população negra se veja de maneira diferente, positiva. Não sou a favor de sectarismos e odeio essa coisa de uma melhor do que a outra: todas as raças são iguais, ou melhor, é tudo raça humana... </p> <p>Juro que ainda não me acostumei com a família negra e feliz na propaganda do banco. Juro que não me desceu o negro não famoso falando sobre as oportunidades de crescimento do negócio X. Não me acostumei, não digo que não gostei. E mais engraçado é que, nos EUA, não senti nada de estranho. Talvez porque, como já falei pra muita gente, meu querido Caetano já retratou há muito como os <i>yankees</i> lidam com tais coisas: "Para os americanos, branco é branco, preto é preto e a mulata não é a tal / Bicha é bicha, macho é macho, mulher é mulher e dinheiro é dinheiro / E assim ganham-se, barganham-se, perdem-se, concedem-se, conquistam-se direitos / Enquanto aqui embaixo a indefinição é o regime / E dançamos com uma graça cujo segredo nem eu mesmo sei / Entre a delícia e a desgraça, entre o monstruoso e o sublime "... Esta é parte da canção "Americanos", e acho que Caê tem um bocado de razão. Não é questão de certo ou errado, mas de não mascaramento. Tem muita coisa estranha na terra do Tio Sam, mas acho o máximo ver aquelas mulheres negras com seus cabelos magníficos todos trabalhados no étnico, os negões com aquelas roupas (que eu jamais usaria) de rapper com direito a boné virado e calça no meio da bunda. Eles valorizam o que é a cultura negra, e isso tá ótemo pra eles. A gente é miscigenado assim mesmo, tudo junto e misturado. Isso é bom? Parece que sim, porque aí a gente tem mais tolerância, mas, por vezes, a gente escamoteia mais, e isso é o que é complicado. </p> <p>Falei isso tudo inspirado na foto abaixo, que achei linda, e que traz gente normal, negra, preta, parda, afro-americana (odeio isso!), como queiram, porque o nome faz diferença para alguns e não para todos, mas o que importa é a beleza. Aquela beleza do viver. Aquela beleza chamada de beleza interior. Aquela beleza que nem todos os olhos são capazes de captar. Aquela beleza negra, porque <i>"Black is beautiful!"</i></p> <p><a href="http://lh3.ggpht.com/-Nu3DRpAqf28/TsKNVC5EzeI/AAAAAAAAFoA/nX8qq4Q34hA/s1600-h/283161_204311679616350_100001125572810_535394_2333092_n%25255B3%25255D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="283161_204311679616350_100001125572810_535394_2333092_n" border="0" alt="283161_204311679616350_100001125572810_535394_2333092_n" src="http://lh5.ggpht.com/-XNy9blmVUrw/TsKNXt7YL0I/AAAAAAAAFoI/tZdxna5ells/283161_204311679616350_100001125572810_535394_2333092_n_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800" width="415" height="282" /></a> </p> <p> </p> <p>Ósculos e amplexos brancos e negros! A Paz dos céus esteja convosco! Bom feriado!</p> Mr Wuhttp://www.blogger.com/profile/02880177187762106487noreply@blogger.com1