sábado, 21 de novembro de 2009

Obrigado; merci; gracias; danke; dank; grazie; epharisto; spasibo; arigato; shukrian.

Sobre minha cirurgia

NONSENSErs do meu coração. Para os que não sabiam, e para os que sabiam, fui submetido a uma cirurgia semana passada. Nada grave, mas que requereu (adoro este verbo) repouso.

A parte da cirurgia, detalhes, ninguém precisa, né. Porém, o mais maluco é a tal da anestesia. Vi o povo mexendo em mim e eu lá, sem sentir nada. Teve uma hora que eu olhei pra cima e vi minha perna, e, putz, não era eu que a estava levantando!!! À medida que ia passando era mais estranho ainda, nossa. Tentar mexer a perna, o dedo, nossa... Foi peridural, quase que fui ter menino, kkk. Podia até ter tido, que não sentia mesmo... Depois fui levado, maca, carregado, colocado, nossa, muito estranho. Soro. Remédio. Injeção. Dor. Nuh! E todos no hospital agindo (claro!) com a maior naturalidade do mundo, nossa. Não nasci pra isso mesmo.

Agora é repouso.

Tenho ficado em casa, em cima da cama, recebendo visitas e telefonemas, engordando (ou poupando energia, como queiram), internetando, e tem sido muito interessante, porque tenho tido mais tempo pra fazer uma série de coisas. Ando assistindo à TV (alguém me diz por que nenhuma TV usa tal preposição se todo mundo que estudou minimamente o português sabe que a regência é esta???) e vendo um monte de notícia repetida, um monte de entrevista que presta ou não (perdi a Geisy no Chatinho Groisman), um monte de programa, novelas todas, Márcia, Jô, só não dá pra ver o Bom Dia, porque não ando acordando cedo, claro. Li pouco, coloquei quase nada em dia, mas a recuperação está indo bem, obrigado. Escrevi muito no Facebook (Cantaê rules), Twittei bastante (Tio Will, êita) e o Orkut tá ficando em baixa; aliás, não gostei do novo leiaute (layout, ok!), mas continua sendo meu predileto.

Enfim. Pajamas rule!

Valeu por quem apareceu. Valeu por quem ligou. Valeu por quem perguntou. Ah, e valeu pelos que me trouxeram bolo, bombons, livro... ;-)

Que Papai do Céu nos abençoe e nos dê saúde.

Ósculos e amplexos! Semana que vem já devo estar de volta ao front.

thank-you

¡¡¡Respeito!!!

NONSENSE OF THE DAY

O caso Geisy. Tô adorando ela, com o vestido rosa-vulva (by Christian Pior) passando por tudo quanto é canto, que nem celebridade. Nestes dias em que estou em casa, vendo muita TV, fiquei arrasado que "o apagão apagou" os comentários sobre o caso da Unitaliban. Mas Geisy pode, tem brilho próprio (gloss, né), está em todos os canais, jornais e revistas, linda (porque quer), loira (porque quer) e japonesa (porque usa lente verde), dando entrevista e até sendo tietada. Hoje foram as meninas do Vídeo Show, Fiorella Mattheis e Geovanna Tominaga, que tiraram fotos com ela: superengraçado.

Claro que tenho que dar pitaco, né, no caso de restar alguma dúvida de algum fundamentalista por aí.

Primeiro: não acho que errou Geisy (amei o nome, claro!) em querer promover-se, em querer mostrar-se, ela é assim, conheço algumas pessoas assim. Ela mostra as pernas, sempre mostrou, sempre foi insinuante. E, se é puta ou não, isso é problema dela. Algumas das putas que conheço ganham muito melhor do que muitos dos ditos trabalhadores que conheço... Ah, ela faz biquinho pra tirar foto. Jura que é Adriana Lima.

Segundo: erraram os alunos talibans (talibãs), porque, se ela é puta, e alguém lá tem algo a ver com isso? Fiquei pensando que se fosse eu, iriam gritar, "Ne-gão; ne-gão! Cabelo-pra-cima; cabelo-pra-cima!", ou coisas piores, kkk. Fiquei sabendo que o Suplicy foi convidado pra dar palestra sobre cidadania por lá, mas acho que nem adianta, porque, se já partem desta premissa... E quando a gente pensa que já viu de tudo, ainda se vê uma merda dessas... E tem o povo da UnB que foi apoiá-la e desfilar pelado, e os mal-comidos que não conseguiram entrar nesta e ficam falando das pats e maus que ali estudam... Êita.

Terceiro: erraram os digníssimos senhores (irônico?, eu?) da diretoria (ou o que se chame de tal) da Unitaliban, que vieram ser severos e conservadores com algo que nada tinha a ver, claro, pra variar, argumentando que o regimento assim dizia, e depois o rei-tor vem e refaz tudo; faculdadezinha de quinta, hipócrita como várias. Se bem que, com este tipo de aluno, não podia ser nada de muito diferente, né.

Acho que vão pedir pra usar burqa, não é verdade? É uma questão de princípios. Falta respeito.

geisy(Clique para ler direito…)

geisy2

Quote of the day

"Ao vencedor, as batatas.", in Quincas Borba, de Machado de Assis.

Detalhe de português, a vírgula separa os elementos porque estão fora da ordem SVO...

Cartoon of the day

Calvin

Prefiro não comentar, claro.

News of the day (From: http://montesclaros.com/noticias.asp?codigo=46605 )

Lula diz que gostaria de ser economista ou advogado, para não ser chamado de analfabeto

O presidente Lula disse que gostaria de ser um economista ou um advogado, pois assim não seria mais chamado de analfabeto pelo cantor Caetano Veloso. Ao falar, ontem, no Nordeste, das realizações do seu governo, o presidente disse: “Acho tão bonito economista, fala números e números, quando é oposição, sabe de pronto, eu nunca vi bicho sabido como economista de oposição” - disse Lula, que em seguida afirmou que se não fosse economista, gostaria de ser advogado, por ser um bicho falador. “Eta bicho sabido, sabe umas palavras bonitas, jamais o Caetano chamaria um advogado de analfabeto falando letrado” - disse Lula.

Pra variar, prefiro não comentar.

Pic of the day

problemlistening

Vou mudar de profissão...

Consciência Negra, ou wadjamacallit!

Nuh, estava revendo uns posts aqui do ano passado, justamente desta época da tal da Consciência Negra (precisei de traduzir pro inglês e não consegui saber se era awareness, consciousness, recognition, knowledge), e vi que meu desencanto continua. Meu principal problema tem a ver com o feriado, que fica nessa coisa perdida, que a gente não sabe o que tá rolando, se abre ou fecha, e, tive notícias, não se chega a conclusão alguma se se abre ou se se fecha. Já passei dessa parte de me revoltar com isso, porque acho que falar sobre já tá de bom tamanho. Trazer o assunto pra mesa já pode trazer alguma awareness. Mas não é suficiente. Se prestarmos atenção, vamos perceber que tudo não passa de uma falta de senso (dûh, NONSENSE puro) em que a gente precisa prestar atenção pra não se perder.

Eu até que ia falar de preto, negro, nêgo, afroamericano (esse eu acho o fim), pardo (podre), mulato, marrom-bombom, chocolate, essas 42 denominações que apareceram no Censo passado, mas, ai, que preguiça.

Aliás, contaram-me que a Alcione, a Marrom, foi interpelada por alguém de um desses programas ridículos e mal educados, tipo CQC ou Pânico, no prêmio Raça Negra, e que falaram pra ela, "Não vou te dar parabéns, porque é o Troféu Raça Negra, e você é a Marrom!", ao que ela, chapeau, respondeu, "Meu filho, no Brasil, escapou do branco é preto!", kkk, adorei. Viva a Marrom!

 

Video of the day

O afrodescendente , d’Os Deznecessários, muito engraçado.

 

* Song of the day *

virginia

Pra quem nunca ouviu falar, esta aí acima é a Virgínia Rodrigues, uma das cantoras favoritas do Caê, que a ajudou a partir do Bando de Teatro Olodum; do meu amigo Clae Herring e de Bill Clinton (estes a descobriram muito antes do que a maioria dos brasileiros, pra variar, né, Mim); e uma voz que gosto muito de ouvir. Ela canta coisas regionais, bahianas, uma delícia, e nada mais apropriado para o tal do dia.

Terra Seca

Virgínia Rodrigues (Composição: Ary Barroso)

O nêgo tá moiado de suó
Trabáia, trabáia, nêgo
As mão do nêgo tá que é calo só
Trabáia, trabáia nêgo

Ai, meu sinhô, nêgo tá véio
Não aguenta!
Essa terra tão dura, tão seca, poeirenta...
Trabáia, trabáia nêgo

O nêgo pede licença prá falá
Trabáia, trabáia, nêgo
O nêgo não pode mais trabaiá
Quando o nêgo chegou por aqui
Era mais vivo e ligeiro que o saci

Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim

Mas o tempo passou
Essa terra secou ...ô ô
A velhice chegou e o brinquedo quebrou ....

Sinhô, nêgo véio tem pena de têr-se acabado
Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Quase…

Tenho muito pra falar, meus NONSENSErs clamam e reclamam, mas ainda não consegui. Qualquer hora dou conta. Mas não resisti a esta.

garrafas

A vida se resume a quatro garrafas. Vamos aproveitá-la, pois já estamos na terceira…´

Ósculos, amplexos e até breve!

domingo, 16 de agosto de 2009

Gente & Ideias 2 – Let’s party!

A festa de entrega do prêmio Gente & Ideias da colunista Adriana Queiroz foi um luxo só. Adoro coisas desse gênero, porque a gente se arruma, fica mais lindo (e modesto) do que já é, e se diverte. Pena que eu estava morto de cansado… Quem quiser ver as nossas outras fotos, é só clicar nesta aí abaixo. Ah, deve ter mais foto depois.

PICT0584

Cristiano Coimbra, Valéria Gomes, Roger Nunes, Worney Brito, Antônia Brito (também conhecida como “mamãe”), Marcos Henrique Folgoët, Sérgio Gomes

Ah, e o álbum está atualizado com mais coisas lá.

Ósculos e amplexos!

Swine flu 2: the mission!

Acho que nem preciso comentar o que está rolando, mas saber que o lobo tá se f… é, no mínimo, engraçado, kkk, e viva os porquinhos. Enfim, estou é cansado desse exagero todo, pois, cuidados à parte, o povo tá supervalorizando…

suina2

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Gente & Ideias

Minha querida amiga Adriana Queiroz, do Jornal “O Norte de Minas”, está fazendo uma homenagem a mim no seu prêmio “Gente & Ideias 2009”. Fico muito honrado com a homenagem, e passo o link para quem quiser ler o que está escrito a meu respeito na publicação do dia 04 de agosto.

Muito obrigado pelo carinho, Drikka, e estaremos comemorando juntos no dia 15.

PRÊMIO GENTE E IDÉIAS 2009

About the swine flu

Bem, a tal da gripe suína anda fazendo vítimas e vítimas por aí. E se vocês prestarem atenção na foto abaixo, vão ver que as vítimas são muitas, kkkk…

medogripesuina

domingo, 2 de agosto de 2009

Coming back? De volta?

“Tanta coisa pra dizer / E a gente nem se fala / Nem um toque / Tudo vai ficando assim…”

Com a breguice habitual, estou programando uma volta, mas com a falta de tempo também habitual, qualquer hora estou de volta. Enfim, só vim dar dois recados:

1- Abaixo a gripe suína! Acho o fim este alarde todo que está havendo por aqui. Isso no seguinte sentido: é um dado de que, todos os dias, 17 pessoas morrem na cidade de São Paulo em decorrência da gripe comum, e isso não chama ninguém à atenção. Agora, com a outra que se está propagando tão rapidamente, o povo tá mesmo é com medo da gripe espanhola… Vai que ela ataca, neam… ¡Viva Zapata!

[Ou será que ninguém prestou atenção que não se fala mais do mesmo jeito sobre o “Fora, Sarney!”…]

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2- E vejam que Tia Madge não para (sem acento diferencial). Desde que pegou Jesus, que agora ataca de DJ nas horas vagas e qualquer hora pega o lugar do Escovinha do Paul Oakenfold, ela finge ter uma vida simples, e agora vai aparecendo com Celebration. Confiram os dados e ouçam a nova música clicando na imagem aí.

Ósculos e amplexos, e bom retorno.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Meias brancas

"gente agora é definitivo: nínguem na face da Terra pode usar mocassim com meia branca. O único que podia se foi..."

Comentário da Gloria Kalil em seu Twitter logo após a morte de Michael...
Prefiro não comentar...


quarta-feira, 3 de junho de 2009

I’m so stupid!

 

stupid

Estúpido; idiota; tolo; bobo!

I'm so stupid / Eu sou tão estúpido

Madonna e Mirwais

Cause I used to live / Porque eu vivia
In a fuzzy dream / Em um sonho confuso
And I wanted to be / E eu queria ser
Like all the pretty people / Como todas as pessoas bonitas

I'm so stupid / Sou tão estúpido
Cause I used to live / Porque eu vivia
In a fuzzy dream / Em um sonho confuso
And I used to believe / E eu acreditava
In the pretty pictures / Nas fotos bonitas
That were all around me / Que me cercavam
But now I know for sure / Mas agora eu tenho certeza
That I was stupid / De que eu era estúpido

Please don't try to tempt me / Por favor, não tente-me tentar
It was just greed / Era só ganância
And it won't protect me / E ela não me protegerá
Don't want my dreams / Não quero os meus sonhos
Adding up to nothing / Levando a coisa alguma
I was just looking for / Eu só estava procurando
Everybody's looking for something / Todo mundo está procurando por algo

I'm so stupid / Sou tão estúpido
Cause I used to live / Porque eu vivia
In a tiny bubble / Em uma bolhinha
And I wanted to be / E eu queria ser
Like all the pretty people / Como todas as pessoas bonitas
That were all around me / Que me reodeavam
But now I know for sure / Mas agora eu tenho certeza
That I was stupid / De que eu era estúpido
Stupider than stupid / Mais estúpido do que estúpido

Stupider than stupid / Mais estúpido do que estúpido
Stupider than stupid / Mais estúpido do que estúpido

 

Um completo idiota.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Dona morte é uma “feladaputa”!

 

Dona Morte é uma feladaputa! Daquelas que aparecem em nossa vida só para nos tirarem alguém de quem gostamos. É, ela é implacável, a tal. E adora nos dar socos na barriga, daqueles que nos deixam sem ar, sem fôlego, com dor de cabeça, com muitas lágrimas. Dona Morte levou Gabriel, alguém que foi colega de faculdade, alguém que foi aluno, alguém que era amigo. Sinto saudades. Estou triste.

A última frase dele no Orkut? I am the Lizard King, I can do anything! – Mr. Mojo Risin. Sim, Biel, você pode fazer qualquer coisa!

Dona Morte é mesmo uma feladaputa!

Tchurma 2

Ritoca, Luke, Taty, Gio, Biel e eu no Pitágoras (2003)…

domingo, 17 de maio de 2009

As Viagens

A viagem do limiar do fim

Então, sempre ficava aqui pensando em como seria lidar com coisas que não existiam. É muito louco, é muita viagem, mas é verdade. E hoje fico tentando pensar em como lidar com coisas que, sim, existem. E isso é difícil, muito difícil, puro NONSENSE. As coisas, as pessoas, o mundo, tudo é muito maluco, e tentar entender a lógica que reside em todos eles é tarefa de louco – e estes, os de verdade, conseguem fazê-lo com maestria, pois são os mais sensíveis para entender tanta, bem, tanta loucura.

Hoje eu temo. Temo por muitas coisas, mas, além de qualquer coisa, temo por mim mesmo. Os cabelos estão embranquejando, os pés de galinha já são mais proeminentes, a capacidade de armazenar informações na cachola está diminuindo, os pés agora incham enquanto a viagem acontece, começo a não dar conta de alguns papos e posicionamentos, enfim, ficando mais velho e, consequentemente, ficando mais chato. E olhem que já julgaram isso impossível.

E quando vai tudo ficando chato, nem a vontade de escancarar para o mundo, só pra ver se rola de supor que a dor dividida é com, literalmente, o mundo, acontece. E vou ficando calado, e o verbo ensimesmar vai sendo conjugado, e o refúgio do meu quarto (em silêncio estanque) parece ser o mais indicado.

Mas aí as circunstâncias vão mudando, o mundo continua em sua viagem louca e nós, passageiros insignificantes, vamos dançando de acordo com a música, tentando adaptar-nos. E aí, ah, sentimos que peixes vivem fora d'água, que humanos somos não sábios, e que não se pode fazer com que as pessoas entendam tudo. Ah, como seria ótimo abrir as mentes e fazer com que elas entendessem que a vida é muito mais. Ah, como eu adoraria ter este poder de não precisar de provar por A + B. Ah, como eu queria... Mas, também, ah, como eu não posso. Ainda que eu tente. Ainda que eu sofra. Ainda que eu chore. Nem sempre é possível. Cara, preste atenção, deixe o racional e o emocional se juntarem, por favor; peço aos céus, mas a resposta não vem, ou se vem eu ainda não a decodifiquei. Porque os sinais são claros, para quem quiser ver ou ouvir. Mas será que querem???

O NONSENSE surgiu a partir das merdas que as pessoas falavam e de que o irritadinho aqui não dava conta. Era uma catarse. Coisa engraçada. Depois se tornou educativa e deseducante ao mesmo tempo. Depois se tornou um fardo. Depois virou um sei-lá-o-quê. Voltou a ser catarse. Une chanson triste para comemorar tamanha tristesse. O maior problema é que é uma catarse que grita muda. Lembro-me agora de "sofro calado na multidão", aquele povo que vê o que bem quer, e que usa esta informação a seu bel prazer. Acho que parei de me incomodar com o que falam: mata-me como agem. Fracos?, uma maioria; safos?, outra maioria; burros?, grande quantidade há. E onde ficam os ícones? Onde fica a ética? Onde fica tudo?

Fica no desejo e no ensejo. Fica no agir sem atenção. Fica na busca eterna. Fica na falta eterna. E fica na inconsequência, porque a ideia de que o mundo é cor-de-rosa pertence aos românticos de carteirinha, porque a gente já entendeu qual é o lance. Ou seríamos todos românticos inveterados?

Parece que tudo isso não faz sentido. Bah, mas isso aqui não se chama MR WU'S NONSENSE???

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As viagens de Gulliver

Desde a Madonna eu não viajava. E acabei viajando em abril, por duas vezes, e ambas foram muito proveitosas.

Na primeira viagem, pude sair um pouco das amarras das dietas e dos remédios, e fiz um pouco de várias coisas boas (ainda que a grande falta insistisse em se perpetrar). Já me tinha refeito de não ter dado conta de muita coisa (estou tentando aprender), e me diverti, e foi muito legal.

Na segunda viagem, o encontro foi ensimesmador novamente, só que com o meu passado. Fui descobrir coisas de fora. Tentei descobrir coisas de dentro. Foi muito bom. Reencontrei família, mergulhei no passado, acenei para o futuro.

E até tenho saído um pouco mais. E tem sido até bom, granas gastas à parte. Conheci e reconheci mais pessoas. Ri muito. Comi, bebi, dancei.

O saldo de Gulliver foi positivo. E qualquer hora eu volto pra tomar mais vinho doce...

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Quando eu crescer... Quero ser que nem a minha mãe!

As viagens do povo

Como eu disse antes, às vezes me pego perguntando como é que o povo consegue não pensar direito, né. Incapacidades, claro, mas a falta de educação me irrita profundamente.

Hoje estava no Centro, esperando estacionado antes do ponto de ônibus na frente do Bretas da Coronel Prates. Primeiramente, havia lá uma Kombi, acho que de um consórcio de compradores de supermercado, porque várias pessoas ali colocavam suas coisas. Esta Kombi estava estacionada no ponto de ônibus, um pouco mais à frente. Isso já me incomodava. Mas eles logo saíram. Aí, veio uma tia que parou seu carro, simplesmente, em frente ao ponto de ônibus, mas bem no meio, diante da estrutura em que as pessoas se sentam. Fiquei sem entender, mas pensei que ela estava apenas parando para deixar alguém, só que a perua e sua filhinha saíram do carro e foram fazer compras!!! Gente, ela ficou no lugar em que mais podia atrapalhar! Nessas horas não há polícia pra multar, né. Porque, como eu digo, coisa errada todo mundo faz, a gente vai além da velocidade permitida, a gente para em local proibido, a gente passa em sinal vermelho, mas tudo tem o limite do quanto aquilo pode ou não atrapalhar os outros! Quem, por exemplo, para em local proibido próximo a uma esquina impede a virada dos ônibus; quem ultrapassa na faixa contínua se esquece de que há outros vindo no sentido contrário, não pensam nos outros, só em si mesmos. Isso sem contar do povo que para no meio de duas vagas no estacionamento, algo que me irrita profundamente. Uma vez deixei um recado para uma tia que sempre parava próximo à escola no meio das duas vagas, e me irritava profundamente. Acho que ela foi aprender a dirigir. Minha vontade foi de fazer o mesmo hoje, mas não deu. Menos 10 pontos!

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A viagem à Academia

Vocês devem saber o quanto eu gosto de estudar português, e tento utilizá-lo da melhor maneira possível. Aí, leio no Estado de Minas as dicas da língua na seção da professora Dad Squarisi, que, com muito bom humor e sagacidade, faz uma leitura sobre a inculta e bela, dá altas explicações e também responde a dúvidas dos leitores, também no Correio Braziliense.

Com a tal da reforma, que pra mim só serviu para piorar algumas coisas, resolvi também escrever, e copiei e colei aí abaixo como ficou isso tudo. A quem tiver interesse, pode ver as outras dicas no próprio Blog da Dad: http://www.dzai.com.br/blogdadad/blog/blogdaddad .

Quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Academia Brasileira de Letras está certa?

Woney Brito mora em Montes Claros. Bom mineiro, mantém a tradição da terrinha. Adora português. Por isso lê, estuda, vasculha novidades. Ao tomar conhecimento da reforma ortográfica, devorou tudo o que a imprensa publicou. Mas não ficou satisfeito. Dúvidas permaneceram. Foi, então, à fonte. Entrou no site da Academia Brasileira de Letras e se debruçou na nota explicativa divulgada pela casa de Machado de Assis. Viu, então, este texto:

"Está claro que, para atender a especiais situações de expressividade estilística com a utilização de recursos ortográficos, se pode recorrer ao emprego do hífen nestes e em todos os outros casos que o uso permitir".

Ops! A luz vermelha se acendeu. Ele explica: "Até onde sei, não se pode colocar o pronome oblíquo antes do verbo após pausas de pontuação como se vê no texto. O se depois da vírgula se justifica de alguma maneira? Ou não há a tal regra que me foi ensinada e reensinada por anos? Ou o que, anterior à oração intercalada, exerce atração sobre o pronome? Ou isso faz parte das acepções de alguns daqueles acadêmicos modernosos que dizem que tudo é possível? Ajude-me, por favor. Ou será que devo grafar ‘Por favor, me ajude’"?

Resposta

A colocação do pronome átono é um deus nos acuda. A dificuldade só bate à porta dos nascidos neste país tropical. Os que vêm ao mundo na terra de Camões, o emprego é natural. Sabe por quê? As regras obedecem à pronúncia lusa. Pra eles, o pronome átono é átono de verdade, fraquinho que só (me se pronuncia m’; se, s’; lhe, lh’). Pra nós a história muda de enredo. Ele é fortão. Por isso, na língua informal, iniciamos frase com pronome átono numa boa. Lembra-se do poema de Oswald de Andrade?

Dê-me um cigarro / Diz a gramática / do professor e do aluno / E do mulato sabido / Mas o bom negro e o bom branco / Da nação brasileira / Dizem todos os dias / Deixa disso camarada / Me dá um cigarro.

Jeitinho brasileiro

Viu? A colocação dos pronomes tomou os próprios rumos neste país tropical. Muitos dizem que a liberdade verde-amarela serviu de alerta para os mandachuvas que dividiram o mundo em dois blocos depois da Segunda Guerra. Eles teriam desistido de introduzir o comunismo no Brasil com medo de desmoralizar a novidade. É fato? Talvez. Mas nosso jeito vale ouro.

Duas regras dão conta do recado. Uma: não inicie frase com pronome átono. A outra: ponha o pronome sempre na frente do verbo: Dá-me um cigarro. Dirigiu-lhe a palavra. Obrigou-o a retirar-se. Dize-me com quem andas que te direi quem és. O presidente se retirou antes da sobremesa. A morte não me poderia assustar depois de tudo o que passei. Continuamos a nos exercitar em línguas estrangeiras.

Entenda melhor

Pra acertar sempre, entenda melhor a primeira regra. Iniciar a frase com pronome átono tem dois significados:

Um está na cara. Quer dizer não começar o período com a criatura fraquinha. Assim: Ofereceu-me carona no avião. Foi-se embora sem se despedir. Dá-me um cigarro.

O outro é malandro. Manda respeitar as partículas de atração. Palavras negativas, conjunções subordinativas, advérbios, pronomes interrogativos, indefinidos, relativos etc. e tal funcionam como ímã. Puxam o pequenino pra frente do verbo: Não me telefone, por favor. Aqui se fala português. O candidato que se apresentou primeiro tirou as melhores notas. Quanto lhe custou o carro novo?

É aí que reside a sua dúvida, Woney. A partícula de atração não precisa estar coladinha ao verbo. Mesmo de longe, ela puxa o pronome. Compare: Disse que me telefonaria. Disse que Paulo me telefonaria. Disse que, mesmo doente, me telefonaria. Disse que, apesar de estar com a agenda cheia, me telefonaria.

O texto da ABL obedece a essa norma. O que, mesmo de longe, mantém a força: Está claro que, para atender a especiais situações de expressividade estilística com a utilização de recursos ortográficos, se pode recorrer ao emprego do hífen nestes e em todos os outros casos que o uso permitir".

Olho vivo! No caso, a vírgula distancia o pronome, mas não o desampara. O apoio mantém-se firme e forte, mesmo de longe. Mas não é sempre assim. Há casos em que a pausa desampara o pronome. Que pausa? Vírgula ou ponto e vírgula. Compare: Aqui se fala português. Aqui, fala-se português. O PMDB pressionou o presidente? Não; deu-lhe conselhos. Para se retirar, pediu-me autorização.

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domingo, 29 de março de 2009

Lágrimas e chuva

NONSENSE of the day

Ontem foi aniversário da minha avó. 94 anos de Dona Zezé. Muita gente apareceu, foi uma festa legal (tirando meu suor). Só que o que mais nos assombra é como o passar do tempo vai deixando a todos em situações mais complicadas, pois vamos precisando mais de auxílio, em todos os sentidos. Mas foi legal, ela ficou satisfeita. Nós também. Esperemos por mais em 2010...

Eu supersuado, Vovó e Mamãe

Vovó com o chapéu do meu tio, lembrando meu Vô Flávio


Ok. Acho que, pra variar nos últimos tempos, hoje não estou bom para falar, apesar de ter muito a dizer. Reencontrei-me com esta canção do Kid Abelha, e resolvi postá-la aqui e no Yakult, porque ela simplesmente tem tudo a ver com meu atual estado.
O Júnior disse que estou muito depressivo-catártico, e ele não tá errado, não. Estou tentando melhorar, eu juro. Mas nem sempre dá pra se ser alegre, feliz e satisfeito o tempo todo. Nem irônico. Infelizmente.



Lágrimas e chuva
Kid Abelha



Eu perco o sono e choro
Sei que quase desespero
Mas não sei por quê

A noite é muito longa,
Eu sou capaz de certas coisas
Que eu não quis fazer.
Será que alguma coisa,
Nisso tudo, faz sentido?
A vida é sempre um risco,
Eu tenho medo do perigo.

Lágrimas e chuva
Molham o vidro da janela
Mas ninguém me vê
O mundo é muito injusto
Eu dou plantão nos meus problemas
Que eu quero esquecer

Será que existe alguém
Ou algum motivo importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos este instante

Eu vou contando as horas
E fico ouvindo passos
Quem sabe o fim da história
De mil e uma noites
De suspense no meu quarto

Eu perco o sono e choro
Sei que quase desespero
Mas não sei por quê
A noite é muito longa
Eu sou capaz de certas coisas
Que eu não quis fazer
Será que existe alguém no mundo?


Speaking Portuguese
Eu bem que não gostei da tal da reforma, né, mas algumas coisas são até engraçadas, e resolvi dividir com os NONSENSErs um pouco de graça do que recebi. Detalhe: sei que é errado, mas não resisto em falar idêia e herôico, sem contar as frequentes (sem trema) correções do computador...
Linguinha (tem que falar gu-inha, que o trema não existe mais...) filha da mãe, sô.
(Se você clicar sobre a figura, poderá vê-la em tamanho maior e lê-la...)









domingo, 8 de março de 2009

Sobre os retardados emocionais

Sobre os retardados emocionais

The only good is knowledge and the only evil is ignorance

Há algum tempo, quando a Madonna finalmente resolveu colocar um fim naquela história ridícula e ofereceu o pé à bunda do Guy Ritchie, ela declarou, em um show, que a música "Miles Away" era algo relacionado aos retardados emocionais, como diz a notícia abaixo, retirada do Ego.

"Esta música é para os emocionalmente retardados. Talvez vocês conheçam alguém que se encaixe nesta categoria. Eu sei que conheço", disse Madonna, antes de cantar "Miles away", que fala de pessoas que se separam.

E quem é que não conhece alguma ou algum retardada(o) emocional? Eu mesmo conheço vários, e tenho que conviver com eles. Lembro-me de que, um dia, na terapia, eu soltei, "Ainda bem que a Madonna sentou o pé na bunda daquele retardado emocional", e logo me veio o insight de que talvez eu também devesse fazer isso com algumas pessoas emocionalmente retardadas que me cercam. Mas, como tudo nessa vida, não se pode somente estar ao lado de quem seja como você acha que devam ser, infelizmente, pois não dá pra viver na solidão, quando a linha de corte passa pelo fato de as pessoas serem bregas ou chiques, inteligentes ou não, bonitas ou feias, brancas ou pretas ou azuis ou cor-de-burro-fugido, de cabelos alisados ou de permanente (se bem que ninguém mais usa isso!), que moram bem ou moram mal, porque as pessoas estão aí, e temos que conviver.
O maior problema é que os emocionalmente retardados acabam colocando-nos em situações difíceis em função da manipulação que fazem conosco, a fim de perpetuar seu retardamento, pois não dão conta de passar daquilo, não conseguem vir para a luz, e mantêm seus ignóbeis sentimentos e consequentes atitudes da maneira que surgiram: próximos ao fundo do lago. Suas histórias de condicionamento (dá-lhe behavior...) não lhes permitem enxergar a partir de outro ponto, e continuam fazendo merda nas suas vidas. Dizem por aí que é o que eles dão conta...
Bem, que as forças do bem nos livrem destas pessoas!
E, quem sabe eu também não seja um deles? Apesar de crer que não, pois sei que eles existem, e, bem, esta consciência, Sorry, periferia!, eles não a têm. Nem sabem do que se trata...
Ósculos e amplexos,
Mr Wu.

PS: Aquela frase do começo foi minha "sorte do dia" no Orkut, e quer dizer: "A única coisa boa é o conhecimento, e a única coisa ruim é a ignorância". Food for thought! Comida para seu pensamento!


* Song of the day *

Miles Aways
Escrita por Madonna e Justin Timberlake, produzida por Timbaland


I just woke up from a fuzzy dream
You never would believe those things
that I have seen
I looked in the mirror and I saw your face
You looked back through me
you were miles away

All my dreams they'd fade away
I'll never be the same
If you could see me
the way you see yourself
I can't pretend to be someone else

[Chorus]
You always love me more
Miles away
I hear it in your voice, when you're
Miles away
You're not afraid to tell me
Miles away
I guess we're at our best
when we're
Miles away

So far away...

When no one's around
And I have you here
I begin to see the picture
It becomes so clear
You always have the biggest heart
When we're six thousand miles apart

Too much of no sound
Uncomfortable silence can be so loud
Those three words are never enough
When it's long distance love

[Chorus]

I'm alright
Don't be sorry
But it's true
When I'm gone, you'll realize
That I'm the best thing that happened to you

Traduzindo...

Eu acabei de acordar de um sonho confuso
Você nunca acreditaria nas coisas que eu vi
Eu olhei no espelho e vi o seu rosto
Você olhou diretamente para mim,
Você estava a milhas de distância

Todos os meu sonhos se foram
Eu nunca serei a mesma
Se você pudesse me ver
do jeito que você se vê
Eu não poderia fingir ser outra pessoa

[Refrão]
Você sempre me ama mais
A milhas de distância
Eu escuto isso na sua voz, quando você está
A milhas de distância
Você não tem medo de me dizer
A milhas de distância
Eu acho que estamos em melhor forma
Quando estamos
A milhas de distância

Tão distante...

Quando não há ninguém por perto
E eu tenho você aqui
Eu começo a entender
Tudo fica claro
Seu coração fica maior
Quando nós estamos há 6 mil milhas* de distância

Sem nenhum som
Silêncio inconfortável pode soar bem alto
Aquelas três palavra nunca são suficientes
Quando existe amor a longa distância

[Refrão]

Eu estou bem
Não sinta pena
Mas é verdade
Quando eu for embora, você perceberá
Que eu sou a melhor coisa que aconteceu a você


PS2: 6 mil milhas é a distância entre o Reino Unido e a Costa Oeste dos EUA...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mr Wu's Nonsense in 2009

MR WU'S NONSENSE OF THE DAY

A isso eu realmente chamo “Long time no see”, porque as coisas andam acontecendo a uma velocidade estonteante, e a cada dia o que era já não mais o é... Metamorfose ambulante? Chame-a e também a mim do que bem entender, mas a vida é essa clichê caixinha de surpresas, e nós somos como que pseudocomandantes dessa jornada maluca chamada existência.

O fato é que este ano começou diferente, aliás, muito diferente. Inicialmente, estamos aqui, de endereço novo. Isso é porque o NONSENSE antigo não cabia tudo o que eu queria colocar, e este aqui tem mais espaço, além de ser diretório de busca direta do Google. Outra coisa que começou diferente foi o fato de não haver retrospectiva: houve muita coisa boa, mas acho que muita coisa ruim também, e que eu não queria ter que lembrar, sem contar que não houve mesmo foi tempo hábil para fazer a lista como deveria ser feita, ou até, quem sabe, eu não a faça neste momento, após todas as reflexões que me fizeram querer voltar a escrever???

Bem, eu precisaria começar falando da Madonna, né, que foi o show do ano passado pra mim, e pra minha vida, porque não dizer assim. Na verdade, toda a preparação, inclusive a financeira, e todo o cansaço do acontecimento foram muito válidos. Tá que eu sou aquele chato, blasé, que mal se importa com o que a galera esteja pensando, e tá que a Madonna é a Madonna, e que a turnê foi a mais rentável de artista solo feminina, e que ela é um show ambulante, e que ela ficou com o Jesus, e que um monte de outras coisas, mas o mais legal foi que eu pude ver de perto alguém que eu muito admiro, uma verdadeira "ídala", e que foi algo de muito bom que fiz pra mim mesmo no ano passado. E conheci gente legal. E revi Catarina. E dirigi no Rio. E foi bom, solitário, mas bom. Enfim.

E Madonna foram minhas últimas férias, e o Rio foi meu último glamour destes tempos, pois a crise taí, e tá brava, e pegou um monte de nós, e não sabemos como é que isso vai terminar, e devemos ficar alertas, aproveitando as oportunidades e pensando no futuro com um pouco mais de cautela. Ai, que bom que frequentei (aff, sem trema!) a Barra e o Barra Shopping, jantei no Outback e ganhei um pin e fiquei amigo da gerente, tive parabéns cantado em Copa, passei ao lado da Estátua da Liberdade do New York City Center, passeei por Ipanema, enfim, só faltou um pouco de teatro, mas fez parte.

Aqui em Moc, como se vê, nada de novo, a não ser na minha vida, pois até o Ibituruna Shopping só Deus sabe quando abre de verdade.

Cautela e canja de galinha, né...

Então, este ano não tenho tido tempo pra postar, escrever, mandar email, telefonar, visitar, passear, estou à base da obrigação para uma série de coisas que houve e há, questões médicas, inclusive. Não, não estou superdoente, mas também não estou supersaudável, sabe.

Meu colesterol está (espero que o verbo se conjugue somente no imperfeito, esteve) em 293, o que é algo muito sério, e nem os próprios médicos conseguiram (e eles conseguem?) disfarçar, e o Fernando já me sentou Sinvastatina 40mg... e mais uma série de coisas, mudando o modus vivendi da pessoa aqui, em busca de uma vida mais saudável. E lá vai, pasmem!, academia. Sim, tô lá na FW13 por três vezes na semana, após as 21h... Se eu já chegava tarde à minha casa, agora mais ainda, e todo suado, aff.

Realmente não gosto de academia, nunca gostei, e lá é menos pior porque o povo é bonito, os aparelhos são novos, tem ar condicionado, e dá pra me sentir até bem – mas daí a dizer que adoro, que tô me sentindo super-ultra-hiper-megadisposto, ah, aí já é viagem demais. Não, tô lá como obrigação, e juro que quando começar a gostar, se é que vai acontecer, conto pra vocês. Mas ainda não é o real, muito antes pelo contrário, pois fico é com vergonha de andar enquanto o povo corre, pegar 25 enquanto pegam 100kg, mas é o começo; humildade, Worney, sandálias da humildade.

E tem mais, claro que tenho que mexer na dieta, né. Como diz Ilana, minha supernutricionista, é uma reeducação alimentar, mas, aff, eu até já era muito educado, poxa. Na verdade, ela me mostrou alguns hábitos simples e mais saudáveis, e que me vão fazer bem. Comer em intervalos menores, menos gorduras (já eram poucas, pro absurdo de todos os que me conhecem de verdade!!!), menos coisas industrializadas (again: os que me conhecem sabem que não gosto de bolacha recheada, sorvete, chocolate e pipoca), menos Coca... Enfim, uma mudança em algumas coisas, e uma vontade louca de sair correndo, de chorar, sei lá. Comer pão integral, margarina light... aff! Ainda bem que frutas e verduras me são tranquilos (tire o trema!).

Acabei cortando o cabelo também, pra dar menos trabalho, mas não foi porque quis, e as reações têm sido as mais diversas, mas a parte mais engraçada foi Vovó, que nem tinha percebido, e disse, "Ow, que trem feio, meu filho!". Bem, acho que concordo com ela. Meu nariz ficou maior, meu rosto também, porque as atenções saíram da vertical, mas cabelo é bem de raiz, e tá nascendo novamente, e qualquer hora tô com ele todo fashion novamente.

E isto me trouxe várias reflexões, inclusive, sobre minhas relações com as pessoas. Nem todo mundo tem capacidade conceitual psicológica para entender que o cabelo faz parte de todo um processo maior, por ser a moldura mesmo, não somente a do rosto, mas todo mundo conhece alguém, principalmente do sexo feminino, que foi mudar o cabelo pra mudar o astral... Façam, então, suas análises... E daí percebi que cuido muito de muita gente, e que muitas dessas pessoas não prestam atenção em mim; que eu me preocupo com elas, e que elas me julgam "o forte" e que não preciso de ajuda, e me tomam de maneira equivocada... Culpa deles também, mas é culpa minha, pois dizem por aí que fazem com e de você o que você permite. Fiquei muito triste, tive alguns arrancarrabos, pois era todo um envolvimento sentimental, de fragilidade e impotência, e o povo simplesmente não entendia (Yeah, they just don't seem to understand! ). Saco, isso.

Sem contar minhas outras decepções com pessoas e situações que me fizeram ter que me segurar, deixaram-me pra baixo, fizeram-me sentir completamente excluído, completamente idiota, mas acho que é demais pra especular aqui neste momento. Pena, mas não só pra mim...

Bem, depois vem a notícia de um rapaz de 26 anos que morreu com entupimento da aorta... Alguém aí sabe de alguma substância mais comum do que placa de gordura pra entupir vasos sanguíneos (sem trema)??? E o cara tinha a maior aparência de saudável, superbonzinho, essas coisas de quando morre alguém... Mas o fato principal foi a realidade batendo à porta.

Tá, e não para (sem acento diferencial) por aí. Fui à otorrino, e tenho um pólipo nasal. Não, não é nada tão grave, é um tumorzinho, mas é benigno (aquelas verrugas no rosto da minha mãe também são tumores...), e dá-lhe injeção, e cortisona, e antibiótico, em busca de curar sem cirurgia. E dá-lhe tomografia (e meu amigo Si usou o contraste e passou mal; a minha ainda é em 2 semanas). Sem contar as indicações complicadas de se seguir...

E aí ele vai ao gastro. E é mais remédio. E a endoscopia é pra semana que vem. Se bem que Ju disse que é uma das coisas mais gostosas esse sedativo, kkk... Mas ele cortou meu café em 50%! E eu já nem tomava café...

E aí vai grana. E aí vai disposição. E aí vai sono, causado pelos remédios. E aí vai todo um processo de "Putz, os 30 chegaram de com força!", e mais uma série de loucuras que passam pela cabeça de todos, imaginem na minha.

E tem outra, para terminar: sou o coordenador pedagógico no CNA agora! E o povo me dá parabéns, e todo mundo só presta atenção à parte do glamour. E foi muito trabalho, tipo Natal, janeiro, e um monte de coisa pra resolver, pra tentar adequar e reger uma orquestra que conta com muitos elementos, muitos além dos que se consegue pensar em primeira mão.

Bom, e teve imposto, e teve conserto de carro, e teve matrícula, e teve pós-dívidas de viagem, e teve computador quebrando, aliás, tô vendendo um, alguém quer?!

E sem contar que agora beber e comer estão em baixa... E nem fale sobre o verbo que viria depois... põe falta nisso!

Desculpem o tom de desabafo, até sem muito do bom-humor que, sei, é peculiar a mim, mas, ainda em processo de emagrecimento, o término do texto é puro e simples: OH FUCK!

Ósculos e amplexos a partir deste novo endereço.

E hoje ficamos sem fotos e outras seções, que já foi muita energia revivida aqui...